Tudo o que vocês
aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus
da paz estará com vocês.
Filipenses 4.9
Sempre que surge o tema "perdão",
vem em mente "humildade", pois o humilde tem facilidade para perdoar, sabe que
a vingança cabe somente a Deus.
Então a cena do lava pés,
invade a nossa memória, e sem quer voltamos a indagar: "como o SENHOR pode ser
tão bom para nós"? – ajoelha-Se humildemente diante de nós, toma os nossos sujos
pés em Suas santas mãos, e calmamente os lava, esfrega entre os dedos, remove
toda a sujeira encontrada.
Sim exatamente, ao lavar
os pés dos discípulos, simbolicamente, Ele de igual modo, lavava os nossos –
somos hoje a continuação do Livro de Atos, que ainda está em andamento, a
História continua até que todas as profecias se cumpram... estamos também no
cenário que se descortina a cada dia – somos lavados por Ele, não da poeira da
estrada, mas dos pecados que acumulamos pelo caminho...
Depositar os pés na bacia
do Mestre é expor as partes sujas e comprometidamente mundanas do nosso "eu",
nas mãos santas e purificadoras do SENHOR. Naquele tempo, em Sua cultura, os
pés das pessoas tornavam-se grossos, endurecidos, pelo suor, terra, poeira,
lama; os calçados eram em sua grande maioria, sandálias. Os serviçais nos
eventos, festas e reuniões, eram incumbidos de providenciarem a limpeza dos pés
dos ilustres convidados.
Entretanto, o SENHOR Jesus
assume o papel do servo – Ele se dispõe a lavar, limpar, purificar as partes
sórdidas, medonhas, encardidas da nossa vida. Se assim o permitirmos,
pois somente quando reconhecemos e confessamos que estamos endurecidos pela sujeira,
crostas que adquirimos pelo caminhos errantes; e a nossa debilidade e
dificuldade para nos limpar, é que a água do Servo vem sobre nós.
Muitas vezes o nosso
orgulho quer falar mais alto, e assim como Pedro, tentamos resistir – "Não
estamos tão sujos assim, Mestre, não Se dê ao trabalho; apenas umas gotículas
já são o suficiente, estamos praticamente limpos"!
Que falsidade, mentira
deslavada!
"Se afirmarmos que
estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em
nós" (1 João 1.8).
Jamais seremos limpos, se
humildemente não percebermos e confessarmos que estamos sujos – quanto mais nos
aproximamos do SENHOR, mais as nossas debilidades se acentuam e tornam-se
expostas e aparentes.
E enquanto não permitirmos que o SENHOR Jesus, aquele a
quem ferimos, lave completamente os nossos pés, jamais seremos capazes de
também lavar os pés daqueles que nos feriram – e este é o caminho para o perdão
– jamais perdoaremos alguém, além do que o SENHOR também já nos perdoou. Sim,
basta que O deixemos lavar os nossos pés imundos, para que tenhamos forças para
também lavar os pés dos outros.
"Assim, em tudo,
façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os
Profetas" (Mateus 7.12).
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