segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Amplitude da misericórdia


Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.

                                       Efésios 4.31,32

Quando discorremos sobre a misericórdia divina, não há como dissociá-la da infinita graça demonstrada pelo SENHOR a todos nós pecadores, disponibilizando-nos Seu perdão antecipadamente.
Podemos mentalmente rever a cena: Jesus cingindo-Se com o cinto de servo, segurando uma bacia com um jarro de água, curva-se diante de cada discípulo, humildemente desata as sandálias, e gentilmente passa a lavar-lhes os pés... São pés empoeirados, sujos, suarentos e encardidos após as longas e extensas caminhadas; um após outro até findar o último deles.
Certamente enquanto esfregava e removia a sujeira, mentalmente discorria sobre o que cada um deles estaria prestes a realizar – pés que dentro em breve já não caminhariam mais lado a lado com Ele, não compartilhariam nem defenderiam de imediato os Seus ideais – pés que em poucas horas, correriam e se distanciariam Dele, buscando refúgio e proteção temendo a guarda romana, O negariam, abandonariam logo ali mesmo no jardim do Getsêmani, em Sua intensa dor e solidão.
Mas isso não O dissuadiu, não O desanimou nem O esmoreceu, pelo contrário, mesmo ciente de todas as atitudes e reações que Seus discípulos estavam para ter... O negando, abandonando, traindo... Ele quis deixar Seu legado, registrar em suas memórias a cena dos joelhos do Mestre se dobrando diante deles, a água sendo despejada e Ele gentil e humildemente lavando-os – para que eles compreendessem que assim como os pés, seus corações também estavam limpos, pois Ele os perdoara os pecados, antes mesmo que os cometessem – antecipou-Se a oferecer sua graça e misericórdia antes mesmo que eles tomassem consciência da necessidade delas, mesmo sabendo o que estavam prestes a fazer algumas horas depois.
Sempre que tivermos dificuldade para administrar, desculpar, conviver ou perdoar as falhas, os desacertos com os que nos rodeiam, podemos relembrar esta cena da lavagem dos pés.
"Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20.26-28).
  

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