domingo, 3 de setembro de 2017

Centralidade nos objetivos


Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

                                       Mateus 20.28

A sensatez, o equilíbrio, a centralidade nos objetivos demonstrados pelo nosso Mestre Jesus foi impressionante; Seu coração não Se deixava corromper nem entreter, Ele estava em todo tempo, comprometido com Sua vocação.
Se caminharmos e vivermos nossos dias sem meta ou propósito, nada alcançaremos, partiremos desta para melhor ou pior, sem absolutamente nada deixar; embora muitos de nós tenhamos conquistado verdadeiros paraísos terrenos... Só nos esquecemos de que este não é o nosso lar definitivo, estamos só de passagem, nosso maior investimento há de ser espiritual.
Jesus centralizava Seus esforços a um único objetivo, para isto viveu e morreu – resgatar a humanidade de seus pecados: salvar os pecadores – Ele era tão pragmático, tão simples, direto e objetivo que pôde sintetizar e definir Seu plano em apenas uma única frase:
"O Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lucas 19.10).
Nada O dissuadia, nenhum outro interesse ou compromisso desviava ou chamava Sua atenção, sempre resoluto em Seu objetivo central – Seu esforço e dedicação foram tantos que soube com exatidão o momento de afirmar: "Está consumado"! (João 19.30).
Entretanto, ainda que Sua missão O consumisse em uma completa e desgastante entrega, em momento algum demonstrou ou atribuiu-lhe uma conotação repulsiva.
Ao invés disso, sempre amável, ainda encontrava tempo para cativantes reflexões, através das brilhantes parábolas voltadas para a cultura e circunstancia vivida em cada momento... Até mesmo os pequeninos Lhe demonstravam afeição, e gostavam de estar em Sua Presença – Ele saboreava cada momento vivido, encontrava beleza nos lírios, alegria no louvor e esperança em meio ao caos.
Não Lhe era deprimente passar os dias rodeado de enfermos, na companhia de leprosos, marginais andrajosos, fétidos doentes acamados... ainda assim trazia no sensível coração um espaço para analisar, ouvir e dirimir o drama singular de cada um deles.
Sim, Ele que era Deus desceu de Sua glória e aqui habitou entre nós, caminhando no pior cenário bem mais adverso e tenebroso que a companhia dos enfermos e leprosos, que foi o fétido lamaçal dos nossos pecados jogados sobre Ele; e mesmo assim após ver profundamente o interior do nosso lado avesso, ainda encontrou amor em Seu coração para atribuir a nós um inestimável valor capaz de fazê-Lo render-Se, entregar Sua própria vida para resgatar e mitigar as nossas iniquidades.
"Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.
Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados" (Isaías 53.4,5).

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