Àquele que se lembrou de nós quando fomos
humilhados O seu amor dura para sempre!
Salmos 136.23
Foi plano e decisão de Deus experienciar
todas as emoções humanas, fazer-Se conhecido, revelar-Se a nós através de um
simples corpo humano, semelhante ao nosso.
Sim, era humana a voz que proferiu as
palavras de ordem para o morto de quatro dias, deixar seu túmulo e sair, diante
dos olhares perplexos de toda uma multidão. A mão que corajosamente, sem
nenhuma repulsa tocou e trouxe cura ao leproso, tinha os mesmos calos de um marceneiro
experimentado na profissão.
Os pés sobre os quais a mulher pranteou, eram cobertos pela poeira e desgastados pelas longínquas caminhadas. E todas as
vezes quando Aquele Homem chorou, suas lágrimas brotavam de um coração ferido,
abatido e entristecido pela dor de uma alma incompreendida pela humanidade
completamente cega e espiritualmente perdida.
"Quando se aproximou e viu a cidade,
Jesus chorou sobre ela e disse: Se você compreendesse neste dia, sim, você
também, o que traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos. Também a
lançarão por terra, você e os seus filhos. Não deixarão pedra sobre pedra,
porque você não reconheceu o tempo em que Deus a visitaria" (Lucas
19.41,42,44).
Jesus embora sendo Deus, despiu-Se da Sua
Glória, vestiu-Se de completa humanidade, andou e peregrino junto ao povo, era
acessível a todos: enfermos, miseráveis, possessos, prostitutas, excluídos, rejeitados, moribundos,
crianças... Todos que O procuravam obtinham Sua atenção, em momento algum
aceitou tornar-Se como uma estátua emoldurada numa catedral de vitrais, ou ser
tratado como um sacerdote religioso num palanque ou plataforma qualquer. Não,
não, ao contrário disso, nosso Mestre quis estar o mais próximo possível de
todos, era completamente acessível e tocável, tal como qualquer um de nós.
Aliás, Ele mesmo afirmou jamais Se afastar
dos que O amam verdadeiramente; mesmo quando voltou-Se para o Pai, enviou Seu
Santo Espírito para habitar dentro de nós, e nos revelou em Sua Palavra que
Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, por mais suntuosos que
sejam.
"O Deus que fez
o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários
feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se
necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais
coisas. Pois nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17.24,25,28).
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