segunda-feira, 11 de julho de 2016

Além das aparências


Maria Madalena e a outra Maria estavam assentadas ali, em frente do sepulcro.

                               Mateus 27.61

Que coisa sem propósito é o ressentimento, a mágoa, a amargura de alma, o orgulho... Tudo isto nos impede de entender, assimilar muitas lições e até mesmo de ter a humildade necessária para querer aprender algo.
Quando meditamos na passagem mencionada acima, podemos claramente imaginar, aquelas mulheres sentadas, profundamente tristes, desconsoladas, literalmente arrasadas junto ao sepulcro do Filho de Deus. Acaso poderiam elas ver, os dois mil anos de triunfo do Evangelho que chegou até nós? Não, jamais. Elas eram reféns das circunstancias, e nada viram, além disso: “Nosso Cristo se foi!” “Mataram nosso Messias”!
Acontece que o nosso Cristo veio exatamente daquela perda que elas sofreram! Milhares de corações chorosos têm tido ressurreição, em meio às derrotas, tristezas e sofrimentos; mas os observadores que caminham nas pegadas do desalento, olham para o prenuncio de vida que ali em meio ao caos desponta, e nada conseguem ver. O que as sofridas mulheres contemplavam e testemunhavam como o fim da vida, era exatamente a preparação para a coroação: pois Cristo achava-Se no silencio, para que pudesse viver novamente com toda a exuberância de poder e de glória.
A elas naquele momento de dor, era impossível ver isto. Lamentavam e choravam inconsoladas, iam e voltavam ao sepulcro, movidas pelo coração; mas era apenas um sepulcro, sem mensagem, sem futuro, sem significado, só o silencio e a dor da perda.
Conosco é exatamente assim. Sentamos silenciosos diante dos sepulcros de nossas perdas, choramos amargamente e lamentamos: “Esta tristeza é irremediável, é simplesmente irreparável”! Não conseguimos ver nela benefício algum, não há consolo para nossa perda. No entanto, é justamente nas piores adversidades que opera o poder de Deus, entrando em cena no momento oportuno para nos livrar e revelar a magnitude de Seus planos e projetos que jamais se frustram.
Onde parece não haver saídas, onde parece ser nosso fim, onde não encontramos escape, e a morte parece nos rondar, é exatamente aí que encontramos o nosso Salvador. Onde finaliza a esperança, inicia-se o renovo promissor dos frutos abundantes. Onde a treva é a mais densa, é o momento oportuno de raiar a fulgurante luz que desafia o ocaso.
Nosso Deus é especialista em transformar desertos em mananciais, Ele é o Deus do Impossível!

"Abrirei rios nas colinas estéreis, e fontes nos vales. Transformarei o deserto num lago, e o chão ressequido em mananciais. Porei no deserto o cedro, a acácia, a murta e a oliveira. Colocarei juntos no ermo o cipreste, o abeto e o pinheiro, para que o povo veja e saiba, e todos vejam e saibam, que a mão do Senhor fez isso, que o Santo de Israel o criou" (Isaías 41.18-20).

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