Por volta da meia-noite, Paulo e Silas
estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam.
Atos 16.25
Os extraordinários feitos, resultantes da
fé em ação, raramente iniciam-se com estratégias e cálculos bem planejados.
Certamente não foi a coerência nem a lógica de raciocínio, que levou Moisés ousar
e levantar seu cajado, quando estavam encurralados às margens do Mar Vermelho.
Também não foi baseado na vertiginosa evolução da ciência, ou alguma
surpreendente descoberta no campo da medicina, que convenceu Naamã a mergulhar
sete vezes nas poluídas águas de um rio.
E não foi fundamentado em resultados de
pesquisas científicas, nem do ensino coerente e graduado secular, ou a sabedoria
institucionalizada, que fez Paulo simplesmente abandonar o zelo pela Lei e
apaixonadamente abraçar a graça com todas as suas forças.
Do mesmo modo que, não foi um organizado elenco
de renomados preletores intelectuais, nem de consagrados e experimentados sacerdotes,
que se reuniram num escritório de Jerusalém para orarem e jejuarem para que
Pedro fosse liberto da cadeia. Ao contrário disso, foi um pequenino grupo de
crentes assustados, desesperados e perplexos, trancafiados e encolhidos num
canto de uma sala qualquer... Foi uma igrejinha inexpressiva, uma pequenina
congregação, sem placas nem denominação, que não possuía estratégias nem plano “B”
para lançarem mão, não tinham a quem recorrer ou apelar... Dependiam única e
exclusivamente do SENHOR e exatamente em razão disso, se surpreendiam com as repostas imediatas as suas orações.
Extraímos grandes lições na humildade e simplicidade
da Igreja Primitiva, a dedicação, o zelo, a pureza, inteireza de caráter, disciplina,
perseverança na consagração, contínua e ininterrupta oração. Aprendemos também,
que muitas vezes usamos a semente do medo para o plantio de cada ato de fé, que
nasce em meio às tempestades, são regadas com nossas lágrimas de aflição, e que
os viçosos frutos colhidos dali, só o SENHOR pode nos dar. E que por pior que
possam parecer as circunstancias e dificuldades que nos sobrevém, elas são
imensuravelmente menores que Aquele que nos sustenta e nos dá forças para
vencer.
"Os que confiam no Senhor são como o
monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre. Como os montes
cercam Jerusalém, assim o Senhor protege o seu povo, desde agora e para sempre"
(Salmos 125.1,2).
Nenhum comentário:
Postar um comentário