Ao servo do Senhor... Convém ser amável para com todos, apto para
ensinar, paciente.
2 Timóteo
2.24
Nossa submissão a Deus permite ao Seu Santo
Espírito lapidar-nos, retirar as escórias, a dureza de nosso coração; pouco a
pouco adquirimos uma profunda visão do Espírito de Deus, e então passamos a
compreender e valorizar a preciosidade que é, neste mundo de trevas, ilusões,
vaidades e dores, a brandura de espírito.
A doce presença do Espírito Santo, a suavidade
da Sua graça não chegam até nós acidentalmente, como uma experiência arrebatadora,
não, não; é necessário discernirmos certos estados de graça, e os escolhermos,
buscarmos e os nutrirmos em nosso pensamento e espírito, para que se façam
aperfeiçoar em nossa natureza e comportamento. Dia após dia em nossa caminhada
com o Espírito Santo, vamos sendo discipulados e lapidados por Ele, mansamente
como se nos assentássemos em uma carteira de escola e Dele vamos absorvendo
mais e mais.
Cada passo que avançamos para crescermos na
graça, requer que antes verifiquemos o que existe ali para nós, como se
estivéssemos garimpando, separando pedras preciosas das escorias e refugos... e
então, depois desta seleção resolvemos obter o necessário e valioso.
Mas este processo exige grande e contínuo
esforço, e são poucos os que se dispõem a passar pelo sofrimento, pelo qual
adquirimos a completa mansidão. A verdade é que temos que morrer, para que
possamos nos tornar mansos, e a crucificação do nosso eu a cada dia envolve
sofrimento e dor; é um verdadeiro esmagamento do eu, que domina mente e
coração.
Em nossos dias há muito santificação verbal,
meramente lógica e mental, trata-se apenas de ficção religiosa; que consiste em
colocar-se mentalmente no altar, e afirmar para si que o altar santifica a
oferta, e concluir portanto, que já está santificado. E a partir dessa prática
mental e puramente superficial, sentir-se apto a dialogar sobre as profundezas
de Deus.
Mas as tendências e raízes naturais do
coração não foram trituradas nem esmiuçadas e também a rocha adâmica não fora
reduzida a pó, nem o profundo e reservado interior experimentou ou experienciou
a agonia do Getsêmani. Na verdade, é impossível experimentar o abundante, suave
e triunfante transbordar das vitórias que jorram de um túmulo vazio, sem as reais
marcas da morte no Calvário.
"Se pelo Espírito fizerem morrer os
atos do corpo, viverão", (Romanos 8.13).
"Se somos filhos,... Se de fato
participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua
glória" (Romanos 8.17).
"E grandiosa graça estava sobre todos
eles" (Atos 4.33).
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