quarta-feira, 13 de julho de 2016

Graça Abundante


Ao servo do Senhor...  Convém ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente.

                                      2 Timóteo 2.24

Nossa submissão a Deus permite ao Seu Santo Espírito lapidar-nos, retirar as escórias, a dureza de nosso coração; pouco a pouco adquirimos uma profunda visão do Espírito de Deus, e então passamos a compreender e valorizar a preciosidade que é, neste mundo de trevas, ilusões, vaidades e dores, a brandura de espírito.
A doce presença do Espírito Santo, a suavidade da Sua graça não chegam até nós acidentalmente, como uma experiência arrebatadora, não, não; é necessário discernirmos certos estados de graça, e os escolhermos, buscarmos e os nutrirmos em nosso pensamento e espírito, para que se façam aperfeiçoar em nossa natureza e comportamento. Dia após dia em nossa caminhada com o Espírito Santo, vamos sendo discipulados e lapidados por Ele, mansamente como se nos assentássemos em uma carteira de escola e Dele vamos absorvendo mais e mais.
Cada passo que avançamos para crescermos na graça, requer que antes verifiquemos o que existe ali para nós, como se estivéssemos garimpando, separando pedras preciosas das escorias e refugos... e então, depois desta seleção resolvemos obter o necessário e valioso.
Mas este processo exige grande e contínuo esforço, e são poucos os que se dispõem a passar pelo sofrimento, pelo qual adquirimos a completa mansidão. A verdade é que temos que morrer, para que possamos nos tornar mansos, e a crucificação do nosso eu a cada dia envolve sofrimento e dor; é um verdadeiro esmagamento do eu, que domina mente e coração.
Em nossos dias há muito santificação verbal, meramente lógica e mental, trata-se apenas de ficção religiosa; que consiste em colocar-se mentalmente no altar, e afirmar para si que o altar santifica a oferta, e concluir portanto, que já está santificado. E a partir dessa prática mental e puramente superficial, sentir-se apto a dialogar sobre as profundezas de Deus.
Mas as tendências e raízes naturais do coração não foram trituradas nem esmiuçadas e também a rocha adâmica não fora reduzida a pó, nem o profundo e reservado interior experimentou ou experienciou a agonia do Getsêmani. Na verdade, é impossível experimentar o abundante, suave e triunfante transbordar das vitórias que jorram de um túmulo vazio, sem as reais marcas da morte no Calvário.
"Se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão", (Romanos 8.13).
"Se somos filhos,... Se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória" (Romanos 8.17).

"E grandiosa graça estava sobre todos eles" (Atos 4.33).

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