Mas a sabedoria que vem do alto é antes de
tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de
bons frutos, imparcial e sincera. O fruto da justiça semeia-se em paz para os
pacificadores.
Tiago 3.17,18
O coração do Mestre Jesus permaneceu puro, completamente
livre das tendências mundanas. Mesmo em meio à adoração e aclamação das
pessoas, não se deixou corromper ou influenciar-se, o Salvador contentava-se
com uma vida simples, corriqueira e trivial, sem qualquer ostentação.
"Digam à cidade de Sião: Eis que o seu
rei vem a você, humilde e montado num jumento, num jumentinho, cria de
jumenta" (Mateus 21.5).
Viveu rodeado e servido por muitas mulheres,
porém jamais foi acusado de ter pensamentos promíscuos.
"Maria, sua irmã, ficou sentada aos
pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra" (Lucas 10.39.)
"Maria, chamada Madalena, de quem
haviam saído sete demônios;
Joana, mulher de Cuza, administrador da
casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los
com os seus bens" (Lucas 8.2,3).
Foi ultrajado e humilhado, contudo não
negou perdão aos que clamavam por misericórdia. Pedro viu Nele um “Cordeiro
puro e imaculado” (1 Pedro 1.19). João, o discípulo amado, que como os outros,
também conviveu três anos e meio com o Mestre o definiu assim: “E Nele não há
pecado” (1 João 3.5).
O coração de Jesus exalava paz. Enquanto
seus seguidores, inquietavam-se, impacientes e preocupados diante de uma
multidão faminta, o Mestre personificava a própria tranquilidade. Agradecido a
Deus por aquela oportuna situação, para ministrar o aprendizado aos seus
agitados discípulos. Estes ficaram assombrados, temerosos e desesperados
durante uma cruel tempestade em alto mar, vendo seu frágil barquinho indo a pique,
açoitado pelo revolto oceano; mas Jesus não. Ele repousava tranquilamente, em
completa paz em meio ao bramido do mar e o balanço agitado das bravias ondas.
Em outra ocasião, o afoito Pedro chegou a
puxar sua espada, disposto a enfrentar os soldados romanos, Cristo não, mesmo
diante da desafiadora morte, Ele externou e irradiou uma paz tão grande que
desafia a compreensão humana.
Seu coração estava sempre sossegado e
pronto a perdoar, suas mãos sempre estendidas para curar, não poupou bênçãos nem
foi comedida suas misericórdias e graça a todos que se achegaram a Ele.
Diante do Seu exemplo, percebemos que viver
ansioso prejudica não apenas a mente e o coração, mas também compromete nossa intimidade
e comunhão com Deus.
Usufruir da paz de Cristo em nosso coração,
não nos garante a isenção de problemas, mas certamente passaremos por todos
eles com a convicção da vitória, sem perdermos jamais a esperança da Glória.
Porque o nosso Redentor vive, e sabemos que Aquele que está em nós é maior do
que tudo!
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