E, na verdade, tenho também por perda todas
as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor.
Filipenses 3.8
A estação da colheita é o tempo festivo das
espigas, tempo de safra, de celeiros cheios, repletos de fartura e de bonança. Mas
se nos aprofundarmos e observarmos, a mensagem do campo fértil para nós veremos,
que a lição vai mais além do que a simples aparência nos revela.
Sim, ele nos diz que precisamos morrer para
poder viver... Conforto, comodidade e bem estar não podem ser consultados, nem
considerados ou levados em conta. Precisamos
crucificar valores, desejos e hábitos pecaminosos, nocivos e não apenas os que
são evidentes e aparentes, mas também os ocultos, não revelados, escabrosos que
se transvestem e aparentam ingênuos, despretensiosos, inocentes e retos aos
olhos de todos.
Se nutrirmos o elevado desejo de ser útil ao
mundo, se queremos salvar os outros, não podemos nos dar ao luxo de priorizar a
nossa própria salvação, temos que nos arriscar vencer o comodismo, nos expor. Só
podemos dar frutos, se primeiro formos sepultados em trevas e solidão; a
semente só germina após o silencio e o repouso da morte.
"Se o grão de trigo não cair na terra
e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto" (João
12.24).
Muitas vezes fraquejamos e titubeamos só em
pensar na seriedade e profundidade de tal missão, mas se o Mestre nos pede
isto, se Ele nos capacita e espera de nós tal desempenho; possamos então declarar
ao mundo em alto e bom som: como é sublime e glorioso termos sido considerados
dignos de podermos entrar na comunhão dos Seus sofrimentos, e desfrutarmos da
Sua doce e constante companhia.
"Quem me serve precisa seguir-me; e,
onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o
honrará" ( João 12.26).
E que possamos em todo o tempo trazer vívido
em nossa memória, o elevado nível desta seleção, da qual somos parte e que nos
distingue e diferencia, nos estimula e desafia a batalhar cada vez mais para
nos transformarmos em vasos de honra, idôneos, prontos para o Seu uso.
"Os apóstolos saíram do Sinédrio,
alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do
Nome de Jesus" (Atos 5.41).
Observemos que o Calvário Dele floresceu e
frutificou, a abundância brotou da dor, da morte gerou-se a vida... Afinal de
contas esta é a lei do Reino. Quando o botão se transforma em flor não chamamos
a isto de morte, é apenas um ciclo natural da vida.
"E, se o Espírito daquele que
ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a
Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu
Espírito, que habita em vocês. Pois se vocês viverem de acordo com a carne,
morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão,
porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (Romanos
8.11,13,14).
"Quem crê no Filho tem a vida eterna;
aquele que não crê no Filho não verá a vida" (João 3.36).
"Ó profundidade da riqueza da
sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e
inescrutáveis os seus caminhos"! (Romanos 11.33).
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