domingo, 24 de julho de 2016

Laços de Família


E lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.

                            2 Coríntios 6.18

De certa forma, todos nutrimos a esperança de termos um dia uma grande e coesa família, daquelas alegres e festivas, onde todos se dão bem, se ajudam mutuamente, torcem uns pelos outros, se unem nos finais de semana, celebram festividades e conquistas, são cooperadores e cúmplices uns dos outros.
Torcemos na expectativa de que nosso íntimo amigo, venha se tornar também parte de nossa ampla família.
Observamos, porém, que em nenhum momento Jesus demonstrou este tipo de ilusão fantasiosa, tanto que, ao referir-Se a Sua família, Ele categoricamente nos diz:
"Então olhou para os que estavam assentados ao seu redor e disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe" (Marcos 3.34,35).
Sim, porque muitas vezes, os Seus próprios irmãos não compartilhavam, nem concordavam com Seu ponto de vista, ou Suas convicções, mas em momento algum Ele demonstrou qualquer intolerância ou os forçou a compreendê-Lo. Certamente, Ele reconhecia que não poderia cobrar um entendimento ou uma postura de alguém que não está apto a atendê-Lo, e que Sua família espiritual podia tranquilamente prover o que Sua família de sangue não dispunha e não tinha condições de apresentar no momento.
Não cabe a nós controlar a maneira como a nossa família reage a nós, cada um tem sua própria forma de reagir aos estímulos, somos restritos, ficamos atados em se tratando do comportamento dos outros com relação a nós.
Precisamos romper com a ilusão de querer em tempo integral agradar a todos que nos rodeiam, não seremos melhores aceitos ou mais bem tratados se formos amistosos, politicamente corretos, legais de carteirinha; como se houvesse sempre um padrão, um formato a ser seguido para ser aceito e eleito membro do fã clube, ou seremos expulso do time. Não somos responsáveis, nem temos o controle ou o domínio sobre as reações além de nós mesmos. 
Mas podemos sim, permitir que Deus nos conceda e supra em nós tudo aquilo que nossa família não pode, não tem ou não quer nos dar. Se o nosso pai terreno nos evita, despreza, ou nos ignora, não façamos disso motivo de frustração ou revolta, apenas deixemos que o SENHOR nos revele porque É o nosso Pai celestial. Simplesmente não deixemos que mágoas e ressentimentos encontrem espaço em nosso ser, não percamos o carinho, a atenção, o zelo e o cuidado que são devidos aos nossos familiares. Mesmo porque, o SENHOR ainda quebranta corações endurecidos e transforma famílias inteiras, para a glória do Nome Dele.

"Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem. Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir. Revela coisas profundas e ocultas; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita com ele" (Daniel 2.20-22).

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