E lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos
e minhas filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.
2 Coríntios 6.18
De certa forma, todos nutrimos a esperança
de termos um dia uma grande e coesa família, daquelas alegres e festivas, onde
todos se dão bem, se ajudam mutuamente, torcem uns pelos outros, se unem nos
finais de semana, celebram festividades e conquistas, são cooperadores e
cúmplices uns dos outros.
Torcemos na expectativa de que nosso íntimo
amigo, venha se tornar também parte de nossa ampla família.
Observamos, porém, que em nenhum momento
Jesus demonstrou este tipo de ilusão fantasiosa, tanto que, ao referir-Se a Sua
família, Ele categoricamente nos diz:
"Então olhou para os que estavam
assentados ao seu redor e disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a
vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe" (Marcos 3.34,35).
Sim, porque muitas vezes, os Seus próprios
irmãos não compartilhavam, nem concordavam com Seu ponto de vista, ou Suas convicções,
mas em momento algum Ele demonstrou qualquer intolerância ou os forçou a
compreendê-Lo. Certamente, Ele reconhecia que não poderia cobrar um
entendimento ou uma postura de alguém que não está apto a atendê-Lo, e que Sua
família espiritual podia tranquilamente prover o que Sua família de sangue não
dispunha e não tinha condições de apresentar no momento.
Não cabe a nós controlar a maneira como a
nossa família reage a nós, cada um tem sua própria forma de reagir aos
estímulos, somos restritos, ficamos atados em se tratando do comportamento dos outros
com relação a nós.
Precisamos romper com a ilusão de querer em
tempo integral agradar a todos que nos rodeiam, não seremos melhores aceitos ou
mais bem tratados se formos amistosos, politicamente corretos, legais de
carteirinha; como se houvesse sempre um padrão, um formato a ser seguido para ser
aceito e eleito membro do fã clube, ou seremos expulso do time. Não somos responsáveis,
nem temos o controle ou o domínio sobre as reações além de nós mesmos.
Mas
podemos sim, permitir que Deus nos conceda e supra em nós tudo aquilo que nossa
família não pode, não tem ou não quer nos dar. Se o nosso pai terreno nos
evita, despreza, ou nos ignora, não façamos disso motivo de frustração ou revolta,
apenas deixemos que o SENHOR nos revele porque É o nosso Pai celestial. Simplesmente
não deixemos que mágoas e ressentimentos encontrem espaço em nosso ser, não
percamos o carinho, a atenção, o zelo e o cuidado que são devidos aos nossos
familiares. Mesmo porque, o SENHOR ainda quebranta corações endurecidos e transforma
famílias inteiras, para a glória do Nome Dele.
"Louvado seja o nome de Deus para todo
o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem. Ele muda as épocas e as
estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento
aos que sabem discernir. Revela coisas profundas e ocultas; conhece o que jaz
nas trevas, e a luz habita com ele" (Daniel 2.20-22).
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