quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Traição


Vamos tomar a traição de Judas Iscariotes como exemplo.  Muitas pessoas consideram esse discípulo uma pessoa violenta, desumana, indigna. Mas ao analisar as reações de Judas de forma ampla, observamos que Judas foi até certa altura o melhor dos discípulos. O mais calmo, culto, o que menos envolveu Jesus em situações tensas e o que possuía maior vocação social. Mas ele tinha um grave problema: não se conhecia, não era transparente,
não tinha coragem e habilidade para mergulhar dentro de si e mudar suas rotas.
Raramente alguém raciocina com brilhantismo quando é frustrado. Muitos pais, maridos, esposas, filhos, colegas de trabalho, nos primeiros segundos de uma frustração, falam palavras que nunca deveriam ser ditas. Quando a frustração está ligada a traição, ela
bloqueia ainda mais a inteligência e esmaga a lucidez.
Mas Jesus ao ser traído  teve uma reação surpreendente: corajosamente chamou Judas de amigo (Mateus 26:50).
Jesus amava Judas. Depois de receber o amargo beijo da traição, deu a outra face ao discípulo, demonstrando que vivia plenamente o que pregou.

Jesus estava perdoando Judas, demonstrando sua generosidade, oportunidade para o amigo se redimir, se arrepender, se consertar, oportunidade de salvação. 
Fica para nós a lição e o aprendizado, se nosso SENHOR e Mestre reagiu assim diante da traição de um íntimo amigo, quem somos nós meros servos para divergirmos ou julgarmos ao nosso próximo numa situação semelhante? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário