sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Oferta pelo pecado

Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.
                  (Hebreus 9.28)

Quem nunca despercebidamente ultrapassou o limite de velocidade permitido? É um incidente corriqueiro e para alguns uma atitude não intencional; mas proposital ou não uma vez infringida a lei, teremos que arcar com as conseqüências da atitude.
Ao observarmos a vida de maneira geral, percebemos que freqüentemente pecamos por livre escolha, optamos deliberadamente para fazer o que é errado. Mas há sem dúvida, ocasiões em que somente depois do erro é que descobrimos que cometemos pecado. De maneira intencional ou não, o pecado é real.
Uma vidraça não fica menos quebrada pelo fato da bola que a quebrou ter partido de uma atitude não intencional, uma falha, um equívoco; mas a janela precisa ser restaurada, independentemente da razão do acidente.
Deus, enquanto instruía os israelitas, deixou claro que mesmo os pecados não intencionais precisavam de uma oferta, não de uma desculpa (Levíticos 4.2,13,22,27), ou seja é necessário ser tratado, erradicado por mais insignificante que pareça. Deus repetiu essa lição diversas vezes: o pecado deve ser tratado seriamente.
“...e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”(Hebreus 12.14).
“...pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo"
(1 Pedro 1.16).
Não nos livramos do pecado através de um desejo ou de uma explicação. Ele é uma ofensa contra Deus que deve ser corrigida. A confissão e o perdão podem aliviar a culpa da destruição da vidraça, mas não as restauram. Alguém terá que arcar com o custo de uma nova vidraça, o mesmo ocorre com o pecado – a realidade do pecado permanece, caso seja cometido de modo intencional ou não – a fragmentação de nossa alma, a separação com o Pai é tão real quanto os cacos de vidro espalhados pelo chão.

Deus instrui os israelitas a oferecerem sacrifícios de animais como uma lembrança clara do custo envolvido no perdão, remissão que Deus oferece livremente. A imagem de um animal inocente pagando pelos pecados das pessoas, com sua própria vida era chocante. O autor de Hebreus nos relata que esses sacrifícios, repetidos infinitas vezes eram e continuam sendo hoje, uma mostra da gravidade, da seriedade do pecado e do sacrifício perfeito de Deus: JESUS (Hebreus 9.11-28). A oferta sacrifical de CRISTO confirmou o desejo de Deus de pagar um alto preço de resgate pela humanidade. Nosso arrependimento e confissão nos dão acesso aos benefícios do sacrifício de Jesus por nossos pecados, quer sejam intencionais ou não. Somos pecadores perdidos, mas Deus nos transforma em novas criaturas através de Cristo (2 Coríntios 5.17) se depositarmos Nele nossa fé. Quando confessamos e deixamos o pecado Ele é fiel e justo para nos perdoar, temos restaurado nosso relacionamento com o Pai, somos reconciliados com o Criador. É triste constatarmos que ainda pecamos, rompendo nossa comunhão com Deus, mas em Jesus recebemos perdão e poder para superar as tentações que enfrentamos (1 João 1.9). Ao arrependermos, confessarmos nosso pecado, apelarmos a Deus apresentando a nossa oferta perfeita do Cordeiro Santo, seu Filho e Senhor nosso Jesus Cristo, realizada em nosso favor de forma definitiva. 

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