Eis o que você terá que sacrificar regularmente sobre o
altar: a cada dia dois cordeiros de um ano. Ofereça um de manhã e o outro ao
entardecer. Com o
primeiro cordeiro ofereça um jarro
da melhor farinha misturada com um litro de azeite de olivas batidas, e um
litro de vinho como oferta derramada. Ofereça o outro cordeiro ao entardecer com uma oferta de cereal e uma
oferta derramada, como de manhã. É oferta de aroma agradável ao Senhor
preparada no fogo.
De geração em geração esse holocausto deverá ser feito
regularmente à entrada da Tenda do Encontro, diante do SENHOR. Nesse local eu
os encontrarei e falarei
com você;
Êxodo
29.38-42
Deus escolheu encontrar-se e ter comunhão com o seu povo no
altar do sacrifício, através das ofertas e sacrifícios que lhe apresentavam.
Cada um dos sacrifícios e das ofertas tinha significado e
propósito específicos — e hoje nos ensinam como Deus espera que entreguemos as nossas ofertas.
Um holocausto era oferecido diariamente sobre o altar, acompanhado de uma oferta de grãos e uma de bebida.
A palavra hebraica para "holocausto" ou
"oferta queimada" é olah e significa "aquilo que sobe", se distinguia dos outros sacrifícios porque era totalmente
consumido pelo fogo do altar.
Dia após dia, ano após ano, geração após geração, havia um
holocausto contínuo sobre o altar. A fumaça desse holocausto subia a Deus
continuamente, era uma lembrança constante da aceitação do Deus de Israel e um
símbolo da comunhão e da amizade do povo com Ele.
Deus prometeu santificar o Tabernáculo com a glória, a
Shekinah de sua presença, que santificaria o altar, além de Arão e seus filhos,
os sacerdotes. Ele disse: "E habitarei no meio dos israelitas e serei o
seu Deus. Saberão que eu sou o SENHOR, o seu Deus, que os tirou do Egito para
habitar no meio deles. Eu sou o SENHOR, o seu Deus" (Êxodo 29.45,46).
Além do holocausto contínuo, o fogo no altar jamais devia ser
extinto. "Mantenha-se aceso o fogo no altar; não deve ser apagado. Toda
manhã o sacerdote
acrescentará lenha, arrumará o
holocausto sobre o fogo e queimará sobre ele a gordura das ofertas de comunhão.
Mantenha-se o fogo continuamente aceso no altar; não deve ser apagado" (Levítico 6.12,13).
O fogo que queimava continuamente sobre o altar não era
natural. Foi o fogo santo que desceu do céu e consumiu o sacrifício assim que
Moisés e Arão acabaram de dedicar o altar e de oferecer sacrifícios conforme as
instruções de Deus. "Assim Moisés e Arão entraram na Tenda do Encontro.
Quando saíram, abençoaram o povo; e a glória do SENHOR apareceu a todos eles.
Saiu fogo da presença do SENHOR e consumiu o holocausto e as porções de gordura
sobre o altar. E, quando todo o povo viu isso, gritou de alegria e prostrou-se,
rosto em terra" (Levítico 9.23,24).
Deus enviou fogo do céu para consumir os sacrifícios dos
filhos de Israel como evidência de que as ofertas haviam sido aceitas. Esse
mesmo fogo tinha de ser
mantido continuamente sobre o
altar do lado de fora do Tabernáculo. Era a lembrança constante da aceitação
das ofertas dos servos de Deus e de sua reconciliação com eles. Era sinal de que a Presença divina
permanecia entre eles e das bênçãos subseqüentes que viriam sobre eles em decorrência dela.
O holocausto contínuo representava o sacrifício de Cristo
pelo pecado do ser humano. Embora Ele se oferecesse de uma vez por todas, o
sacrifício único e
perfeito tornou-se uma oferta
contínua por meio da qual os homens têm sido libertos do pecado há gerações.
"Quando este sacerdote acabou de oferecer, para sempre, um único
sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus. Daí em diante, ele
está esperando até que os seus inimigos sejam colocados como estrado dos seus
pés; porque, por meio de um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre os
que estão sendo santificados" (Hebreus 10.12-14).
O holocausto contínuo representa hoje a rendição total do crente, a oferta contínua de
nossa vida como sacrifício vivo no altar de Deus. O apóstolo Paulo disse: "Irmãos,
rogo-lhes
pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de
vocês" (Romanos 12.1).
Assim como a oferta do holocausto era totalmente consumida no
altar, temos de oferecer a nossa vida a Deus — tudo que somos e possuímos, colocar no altar,
em ato de dedicação e consagração a Deus, para o cumprimento de sua vontade:
nossa vida, carreira, dons, planos, sonhos, família, riquezas e todos os nossos bens — TUDO,
mesmo porque tudo pertence a ELE, não há nada que possamos ofertar que não
provenha DELE!
Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o
mundo e os que nele vivem; (Salmos 24.1).
Somente após despojarmos de tudo sobre o altar seremos
capazes de ofertar do jeito que Deus determinou! Quando a nossa vida for
totalmente consumida pelo
Espírito de Deus, não nos
inclinaremos mais para o mundo ou o que nele existe, fixaremos nossos olhos nos
do Pai e diremos: "Tudo que temos é teu, toma-o, santifica-o, usa-o para a tua glória". Ministério, igreja, púlpito, salário,
reservas, poupança, investimentos, casa, riquezas e propriedades terrenas —
tudo deve estar inteiramente sujeito
e dedicado a Ele, tudo é insignificante diante de sua grandeza, nada se compara
a ELE.
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