Deus não
esqueceu a sua aliança com Abraão. Depois que os filhos de Israel foram levados
ao cativeiro no Egito, e ali oprimidos e afligidos, Deus "lembrou-se"
da aliança.
Em seguida,
dando seqüência ao plano, chamou Moisés para comunicar as condições de sua
aliança com Israel. Deus apareceu a Moisés na sarça em chamas no monte Sinai.
Leia Êxodo
3.1-12, especialmente os versículo 7 e 8, reproduzidos aqui na Versão
Amplificada, onde Deus diz a Moisés: "De fato, tenho visto a opressão
sobre o meu povo no Egito, tenho escutado o seu clamor por causa dos seus
feitores e opressores, pois sei de suas dores, sofrimentos e provas. Por isso,
desci para livrá-los das mãos e do poder dos egípcios, tirá-los daquela terra e
levá-los para uma terra boa e vasta, onde manam leite e mel, uma terra de
abundância,
lugar dos cananeus, dos hititas,
dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus".
Agora leia
com atenção o versículo 12, onde Deus diz a Moisés: "Eu estarei com você e
este será o sinal para você de que sou eu quem o envia: quando você tirar o
povo do Egito, vocês prestarão culto a Deus neste monte (Horebe ou Sinai)".
Deus, por amorosa misericórdia, manteve a sua aliança com Abraão,
libertou da escravidão egípcia o povo que Ele havia escolhido, e levou-o ao
monte Sinai para se encontrarem face a face!
Sabendo que
Deus havia guiado Israel até o Sinai, Moisés subiu o monte para ter comunhão
com Deus e receber revelação adicional concernente à sua vontade, seu plano e
seu propósito para a nação. Deus lhe falou no monte: "Diga o seguinte aos
descendentes de Jacó e declare aos israelitas: Vocês viram o que fiz aos
egípcios e como transportei vocês sobre asas de águias e os trouxe para junto
de mim. Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês
serão o meu tesouro peculiar dentre todas as nações. Embora toda a terra seja
minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa (consagrada,
separada para a adoração a Deus). Essas são as palavras que você dirá aos
israelitas" (Êxodos 19.3-6; TAB).
É difícil
para a mente humana assimilar a grandeza desse momento. O Deus santo, justo e
infalível, o Jeová, o El-Shaddai estava no monte Sinai disposto a fazer aliança
com homens pecadores! Levou-os até ali, apesar das fragilidades e fraquezas
deles, para derramar as bênçãos da aliança sobre eles.
Antes de
fazer aliança com os israelitas, o SENHOR quis saber se desejavam fazer dEle o
seu Deus e andar em obediência a Ele. Então os fez recordar quem Ele era e o
que já havia realizado por eles.
Tendo-se
identificado como o Deus todo-poderoso, expôs diante dos israelitas as
promessas da ALIANÇA. Prometeu-lhes que:
1. Seriam um
"tesouro peculiar" para Ele
Sobre todos
os povos da terra, os israelitas desfrutariam a singular distinção de ser
propriedade valiosa para Deus, altamente estimada e cuidadosamente protegida.
Nenhuma outra nação na terra compartilharia de semelhante privilégio.
2. Seriam um
"reino de sacerdotes"
O desejo de
Deus era que os israelitas fossem estabelecidos na terra como nação real
sacerdotal. Como "reis", não teriam um soberano humano sobre eles,
mas governariam sobre as nações ímpias. Como "sacerdotes", seriam
capazes de aproximar-se de Deus pela oração, mesmo que não oferecessem
sacrifícios. Eles ministrariam às nações e as levariam à presença do Criador,
ensinando-lhes a vontade e os caminhos divinos.
3. Seriam
uma "nação santa"
Entre os
povos da terra, os israelitas seriam um povo santo e justo. Por ser totalmente
santo e puro, Deus planejou ter um povo que fosse "santo e
inculpável" diante dele (ver Colossenses 1.22). Os israelitas deveriam constituir
uma nação separada e consagrada para o culto a Deus, marcada exteriormente pelo
símbolo da circuncisão.
E nós
herdamos todas essas promessas sob a Nova Aliança!
"Vocês,
porém, são GERAÇÃO ELEITA, SACERDÓCIO REAL, NAÇÃO SANTA, POVO EXCLUSIVO de
Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz. Antes vocês NEM SEQUER ERAM POVO, mas agora são POVO DE DEUS;
NÃO HAVIAM RECEBIDO MISERICÓRDIA, mas agora A RECEBERAM" (1Pedro 2.9,10).
Somos
propriedade de Deus! Ele é o nosso Deus, e nós, o seu povo escolhido.
Deus fez uma
aliança de sangue conosco por intermédio de Cristo e, como parte do Israel
espiritual de Deus, somos um de seus bens mais valiosos. Por isso, Ele nos ama,
trata-nos bem e deseja suprir todas as nossas necessidades.
Sob a Nova
Aliança, fomos feitos reis e sacerdotes... AGORA, sobre esta terra! (Apocalipse
1.6). Como reis, Deus nos deu poder sobre a morte, sobre o inferno e sobre o
pecado. Deu-nos poder para combater o inimigo. O propósito divino para a nossa
vida é que governemos e reinemos com Ele para sempre.
Como reis e
sacerdotes, Deus nos levantou para lhe oferecermos sacrifícios espirituais. Ele
nos chamou e escolheu para ministrar às nações desta terra, para ensinar e fazer
discípulos em todas as nações (Mateus 28.19,20).
Moisés,
depois de haver recebido estas promessas, voltou aos filhos de Israel e
repetiu-lhes tudo que Deus lhe falara. Tornou-se o mediador entre Deus e o
homem.
Moisés, como
pessoa que intermediou a Antiga Aliança, é uma tipificação de Jesus, que é o
verdadeiro Mediador e a Garantia da Nova Aliança. Jesus é tanto o Sumo
Sacerdote quanto o Sacrifício que selou a Nova Aliança e colocou-a em ação.
"Quanto
mais o sangue de Cristo, que por virtude do (seu) eterno Espírito (sua personalidade
divina pré-existente) se ofereceu como sacrifício imaculado a Deus, purificará
a nossa consciência de obras mortas e de observâncias sem vida, para que
sirvamos ao Deus vivo! Por essa razão, Cristo (o Messias) é o Negociador e o
Mediador de um acordo (testamento, aliança) inteiramente novo, para que os que
são chamados recebam o cumprimento da promessa da herança eterna, visto que Ele
morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira (antiga)
aliança" (Hebreus 9.14,15 TAB).
A Nova
Aliança foi estabelecida pelo sangue precioso de Jesus. É administrada e
aplicada por Ele ao nosso coração, e a aliança de sangue com Deus é firmada
apenas pela fé Nele, que é o
Mediador dessa Nova Aliança, por quem recebemos a nossa herança eterna,
conforme prometida, no momento em que estabelecemos essa aliança de
sangue com Deus.
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