sábado, 30 de agosto de 2014

Ilustre Desconhecido

O mundo comemora com festas seu nascimento, mas desconhece a pureza de seu interior.
Analisar sua grandeza, meditar em seus conceitos nos faz enxergar nossa pequenez, quão vulneráveis somos diante de sua insondável plenitude. Que homem é esse que investe tudo o que tem no ser humano, mesmo quando este o decepciona ao máximo? Que inteligência é essa que, no meio de tantas atividades, em meio a rudeza que o cerca é capaz de deter-se diante de uma flor e fazer dela um espetáculo para os olhos? Só mesmo quem a criou...
Que personalidade é essa que teve a coragem de exaltar prostitutas e dizer que elas precederiam no reino dos céus renomados religiosos de conduta aparentemente ilibada? Sua sensibilidade era provocadora. Ele conseguia enxergar os seres humanos através de seus próprios olhos, como nenhum ser jamais fez. Era capaz de abraçar um leproso e tratar as feridas do desprezo e da alienação social sem que o doente o pedisse. Era impossível ficar ao seu lado sem derrubar preconceitos e refazer paradigmas sociais. A luz que emana Dele expõe as trevas de toda alma que Dele se aproxima, e cura e restaura e transforma e atrai.
Como um oleiro trabalha em sua obra de arte ele elevou o padrão da humanidade de seus discípulos, levando-os a aprender, em primeiro lugar, que o ser humano que erra é mais importante do que os erros que comete. Em segundo, que a solidariedade só existe quando temos o direito de recomeçar tudo após falharmos e quando damos este mesmo direito às pessoas que nos frustram. Em terceiro lugar, que só há liberdade plena em um lugar - dentro de nós mesmos -, e somos livres apenas quando a encontramos. É no território de nossa mente que as batalhas são travadas, e só após nos rendermos ao grande amor do Pai e entregarmos tudo a Ele é que a paz que excede todo o entendimento vem nos inundar e encher as nossas vidas até contagiar nosso ambiente.

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