No
amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo
supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
1
João 4.18
Muitos
de nós carregamos um fardo, um medo secreto, camuflado, incrustado em nossa
alma.
De
alguma maneira nos foi incutido a idéia de que Deus anda com uma espada afiada
nas mãos, que tem um chicote, carrega uma palmatória em seus pertences, todos
prontos para corrigir, disciplinar ou mesmo eliminar os insistentes e teimosos
pecadores que se afastam muito das exigências Dele.
E
então vivemos sobressaltados, preocupados, desconfiados, tememos que Deus
esteja em todo tempo zangado, carrancudo, esbravejando, irado conosco, pronto para
a qualquer momento desfechar sobre nós o Seu pesado chicote corretivo – nada
mais equivocado do que esse conceito!
"Com
que eu poderia comparecer diante do Senhor e curvar-me perante o Deus exaltado?
Deveria oferecer holocaustos de bezerros de um ano?
Ficaria
o Senhor satisfeito com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite?
Devo oferecer o meu filho mais velho por causa da minha transgressão, o fruto
do meu corpo por causa do meu próprio pecado?
Ele
mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a
justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus" (Miqueias 6.6-8).
É
evidente e muito simples de entender os motivos e o porque de necessitarmos do
corretivo divino – complicado é assimilarmos que Ele por Sua infinita
misericórdia não nos disciplina de acordo ou compatível com a intensidade e a
gravidade dos nossos pecados, erros, equívocos e falhas...
Temos
um Pai amoroso, compreensivo, cheio de ternura e compaixão, gracioso,
compassivo, misericordioso, que nos ama intensamente e derrama sobre nós Sua
infinita bondade, peleja as nossas pelejas, sofre as nossas dores...
E
mesmo quando insensatos e ingratos nos afastamos, negligenciamos, esquecemos,
deixamos de valorizá-Lo e agradecê-Lo, Ele ainda nos espera e quando
arrependidos retornamos, nos recebe carinhosamente de braços abertos, quer
tenhamos experiências vitoriosas ou sejamos colecionadores de decepcionantes
derrotas e fracassos.
Ele jamais Se impõe a nós, ao invés disso, nos concede liberdade de escolha, até mesmo para negá-Lo –
não Se aproxima ameaçador, com dedo em riste gritando, esbravejando aos nossos
ouvidos a Sua vontade; pelo contrário, Ele nos chega como um manso Cordeiro e
com laços de amor e doce ternura envolve os nossos assolados e sequiosos corações.
"Mas
fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não
perceberam que fui eu quem os curou.
Eu os conduzi com
laços de bondade humana e de amor; tirei do seu pescoço o jugo e me inclinei
para alimentá-los" (Oseias 11.3,4).
"No
amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo"; (1 João 4.18).
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