O
maior entre vocês deverá ser servo. Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar
será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
Mateus
23.11,12
Se
nos humilharmos, Deus nos exaltará e nos dará poder sobre o Inimigo!
Muitos
de nós cristãos queremos que Deus Se manifeste através de nos. Queremos receber
poder divino e autoridade para curar as doenças, resolver os problemas
financeiros e as desavenças nos lares. Desejamos capacitação para realizar as
obras do SENHOR, testemunhar, curar enfermos e expulsar demônios. Mas, infelizmente
estamos muito aquém desse poder.
Se
bem atentarmos um dos principais motivos por não obtermos vitória, não sermos
bem sucedidos em realizar as obras que Cristo operou dois mil anos atrás é que
não estamos nem um pouco dispostos a seguir o exemplo que o Mestre Jesus nos
deixou. Longe de nós humilharmos ou caminhar em obediência, submissos à vontade
de Deus.
Conseqüentemente deixamos uma lacuna, uma brecha para um espírito de
erro e engano, invadir e imperar na Igreja. Não somos mais nós cristãos que
influenciamos o mundo, pelo contrário, doutrinas humanas ensinadas em muitas
igrejas estimulam os cristãos a exaltarem-se e a mostrarem-se egoístas, ávidos
por deter e possuir bens terrenos, copiar e acompanhar os modismos das vitrines
da mídia que são condenáveis aos olhos divinos.
A
Palavra de Deus exorta e ensina a submissão, que devemos humilhar-nos, pois não somos nada diante do SENHOR. Jesus reconheceu Sua total dependência de Deus: "Por
mim mesmo, nada posso fazer" (João 5.30). Paulo declarou à igreja de
Corinto: "Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras
persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do
Espírito" (1 Coríntios 2.4). O apóstolo Paulo não dependia da sabedoria ou
capacitação própria, não confiava em si mesmo, e sim no poder de Deus.
As
teologias humanas que se infiltraram na Igreja ensinam os cristãos a confiar em
técnicas de pensamento positivo e em filosofias e estratégias mundanas para
alcançarem o sucesso.
Jesus,
porém, ensinou-nos a humilhação, a negar a nós mesmos, a desconsiderar e aborrecer a nossa
vida e a sacrificar-nos para alcançar os perdidos; Ele não entregou Sua vida
para que fossemos ricos e bem sucedidos aqui na terra – "Tenho-vos dito
isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33).
Ele
afirmou: "Quem perde a sua vida por minha causa a encontrará" (Mateus
10.39). Disse também: "Qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que
possui não pode ser meu discípulo" (Lucas 14.33).
Afirmou
ainda: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim;
quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mateus
10.37).
As
teologias formuladas pelo homem ensinam os cristãos a preocupar-se consigo
mesmos, a buscar o que podem conseguir sozinhos, pelo ato de
"declarar", "determinar"(servo não tem vontade própria) e "tomar posse" das promessas de Deus. Esses
cristãos buscam satisfazer a carne.
Há muitas palestras e cursos sobre
confissão positiva, ensinando como usá-la para melhorar a auto-imagem e
aumentar a auto-estima e o amor próprio. Os cristãos são ensinados que devem
sempre voar de primeira classe e ter o melhor de tudo o que se possa adquirir.
Afinal de contas, são "filhos do Rei". Será que o nosso Mestre também buscava o melhor dessa terra?!
Em decorrência
desses errôneos ensinamentos, muitos agora se preocupam apenas consigo mesmos,
com os seus problemas, doenças, filhos, conquistas, desejos pessoais, suas
próprias batalhas espirituais. Deixaram de priorizar aos não-salvos.
Já
é tempo dos cristãos despertarem, acordarem e perceberem que esse é um
estratagema do Diabo para que pensemos apenas em nós mesmos, como se o mundo
girasse em torno do próprio umbigo, em vez de cumprir a vontade de Deus e
ganhar os perdidos para o Seu Reino. Não vivemos para nós, e sim para aquele
que morreu e ressuscitou por nossa causa (2 Coríntios 5.14).
Deus
deseja sim que sejamos curados, saudáveis, prósperos, que tenhamos um casamento
abençoado, filhos libertos das drogas e más influencias, cônjuges livres dos
vícios, que tenhamos satisfação em nossos empregos e um ministério produtivo.
Ele quer mesmo que tenhamos uma vida vitoriosa em Cristo. Deus nunca planejou
derrotas para nos; aliás, Ele mesmo afirma que Nele somos mais que vencedores!
Entretanto,
há um detalhe fundamental a lembrar: o motivo de alcançarmos vitórias não deve
tornar-se um fim em si mesmo. Devemos ser vitoriosos para poder realizar a
vontade de Deus e glorificá-Lo em tudo!
O SENHOR
está conclamando o Seu povo a humilhar-se e a não se importar mais com a
própria vida. Ele busca cristãos dispostos a abrir mão de si mesmos para
alcançar os não-salvos, que dediquem tempo intercedendo pelos perdidos, que
desistam das próprias necessidades e dos seus desejos para despender tempo,
energia e dinheiro na propagação do Evangelho e do Seu Reino pelo mundo afora.
Conhecer
a vontade de Deus não é o suficiente. Os que fazem a Sua vontade e caminham em
obediência herdarão a vida eterna. Jesus disse: "Como é estreita a porta,
e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram"
(Mateus 7.14).
Não
conseguiremos ser obedientes a Deus se não estivermos dispostos a humilhar-nos
diante Dele, aceitando ser servos de todos. Jesus, o Filho de Deus, humilhou-Se
e tornou-Se Servo. Temos de estar dispostos a fazer exatamente o mesmo.
"Humilhem-se
debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido" (1 Pedro
5.6).
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