segunda-feira, 18 de junho de 2018

Humildade perante Deus


O maior entre vocês deverá ser servo. Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.

                                 Mateus 23.11,12

Se nos humilharmos, Deus nos exaltará e nos dará poder sobre o Inimigo!
Muitos de nós cristãos queremos que Deus Se manifeste através de nos. Queremos receber poder divino e autoridade para curar as doenças, resolver os problemas financeiros e as desavenças nos lares. Desejamos capacitação para realizar as obras do SENHOR, testemunhar, curar enfermos e expulsar demônios. Mas, infelizmente estamos muito aquém desse poder.
Se bem atentarmos um dos principais motivos por não obtermos vitória, não sermos bem sucedidos em realizar as obras que Cristo operou dois mil anos atrás é que não estamos nem um pouco dispostos a seguir o exemplo que o Mestre Jesus nos deixou. Longe de nós humilharmos ou caminhar em obediência, submissos à vontade de Deus. 
Conseqüentemente deixamos uma lacuna, uma brecha para um espírito de erro e engano, invadir e imperar na Igreja. Não somos mais nós cristãos que influenciamos o mundo, pelo contrário, doutrinas humanas ensinadas em muitas igrejas estimulam os cristãos a exaltarem-se e a mostrarem-se egoístas, ávidos por deter e possuir bens terrenos, copiar e acompanhar os modismos das vitrines da mídia que são condenáveis aos olhos divinos.
A Palavra de Deus exorta e ensina a submissão, que devemos humilhar-nos, pois não somos nada diante do SENHOR. Jesus reconheceu Sua total dependência de Deus: "Por mim mesmo, nada posso fazer" (João 5.30). Paulo declarou à igreja de Corinto: "Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito" (1 Coríntios 2.4). O apóstolo Paulo não dependia da sabedoria ou capacitação própria, não confiava em si mesmo, e sim no poder de Deus.
As teologias humanas que se infiltraram na Igreja ensinam os cristãos a confiar em técnicas de pensamento positivo e em filosofias e estratégias mundanas para alcançarem o sucesso.
Jesus, porém, ensinou-nos a humilhação, a negar a nós mesmos, a desconsiderar e aborrecer a nossa vida e a sacrificar-nos para alcançar os perdidos; Ele não entregou Sua vida para que fossemos ricos e bem sucedidos aqui na terra – "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33).
Ele afirmou: "Quem perde a sua vida por minha causa a encontrará" (Mateus 10.39). Disse também: "Qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo" (Lucas 14.33).
Afirmou ainda: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mateus 10.37).
As teologias formuladas pelo homem ensinam os cristãos a preocupar-se consigo mesmos, a buscar o que podem conseguir sozinhos, pelo ato de "declarar", "determinar"(servo não tem vontade própria) e "tomar posse" das promessas de Deus. Esses cristãos buscam satisfazer a carne. 
Há muitas palestras e cursos sobre confissão positiva, ensinando como usá-la para melhorar a auto-imagem e aumentar a auto-estima e o amor próprio. Os cristãos são ensinados que devem sempre voar de primeira classe e ter o melhor de tudo o que se possa adquirir. Afinal de contas, são "filhos do Rei". Será que o nosso Mestre também buscava o melhor dessa terra?!
Em decorrência desses errôneos ensinamentos, muitos agora se preocupam apenas consigo mesmos, com os seus problemas, doenças, filhos, conquistas, desejos pessoais, suas próprias batalhas espirituais. Deixaram de priorizar aos não-salvos.
Já é tempo dos cristãos despertarem, acordarem e perceberem que esse é um estratagema do Diabo para que pensemos apenas em nós mesmos, como se o mundo girasse em torno do próprio umbigo, em vez de cumprir a vontade de Deus e ganhar os perdidos para o Seu Reino. Não vivemos para nós, e sim para aquele que morreu e ressuscitou por nossa causa (2 Coríntios 5.14).
Deus deseja sim que sejamos curados, saudáveis, prósperos, que tenhamos um casamento abençoado, filhos libertos das drogas e más influencias, cônjuges livres dos vícios, que tenhamos satisfação em nossos empregos e um ministério produtivo. Ele quer mesmo que tenhamos uma vida vitoriosa em Cristo. Deus nunca planejou derrotas para nos; aliás, Ele mesmo afirma que Nele somos mais que vencedores!
Entretanto, há um detalhe fundamental a lembrar: o motivo de alcançarmos vitórias não deve tornar-se um fim em si mesmo. Devemos ser vitoriosos para poder realizar a vontade de Deus e glorificá-Lo em tudo!
O SENHOR está conclamando o Seu povo a humilhar-se e a não se importar mais com a própria vida. Ele busca cristãos dispostos a abrir mão de si mesmos para alcançar os não-salvos, que dediquem tempo intercedendo pelos perdidos, que desistam das próprias necessidades e dos seus desejos para despender tempo, energia e dinheiro na propagação do Evangelho e do Seu Reino pelo mundo afora.
Conhecer a vontade de Deus não é o suficiente. Os que fazem a Sua vontade e caminham em obediência herdarão a vida eterna. Jesus disse: "Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram" (Mateus 7.14).
Não conseguiremos ser obedientes a Deus se não estivermos dispostos a humilhar-nos diante Dele, aceitando ser servos de todos. Jesus, o Filho de Deus, humilhou-Se e tornou-Se Servo. Temos de estar dispostos a fazer exatamente o mesmo.
"Humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido" (1 Pedro 5.6).



Nenhum comentário:

Postar um comentário