SENHOR,
o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me
envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato,
acalmei e tranquilizei a minha alma.
Salmos
131.1,2
Jamais
podemos nos estribar, ancorar, apoiar ou confiar cegamente em possessões
terrenas, valores mundanos, juras e promessas humanas, amizades eternas e
sinceras, laços humanos inquebráveis e indissolúveis; pois fatalmente iremos
mais dias, menos dias nos decepcionar.
"Irei
aos nobres e falarei com eles, pois, sem dúvida, eles conhecem o caminho do
Senhor, as exigências do seu Deus. Mas todos eles também quebraram o jugo e
romperam as amarras" (Jeremias
5.5).
"Assim
diz o SENHOR: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade
mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do SENHOR" (Jeremias 17.5).
Devemos
encontrar nossa força, apoio e segurança apenas e somente em Deus, pois tudo o
que somos ou seremos, tudo o que temos ou conquistaremos vem Dele graciosamente
para nós.
"Toda a boa
dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem
não há mudança nem sombra de variação.
Se
algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá
livremente, de boa vontade; e lhe será concedida"(Tiago 1.17,5).
"O homem não pode receber coisa alguma,
se não lhe for dada do Céu"! (João 3.27).
Se
consideramos algo que possuímos pequenino demais, indigno da nossa grandeza –
tipo: trabalho, salário, moradia, influência, família, amigos, nossa vida em
si; então precisamos digerir, meditar um pouco mais no Salmos 131.
Certamente
iremos concluir que os Caminhos, as veredas, doutrinas, conselhos e correções
do SENHOR não são duros, apertados demais; mas o nosso coração é que anda
recheado de orgulho, arrogância, prepotência em demasia.
Sim, julgando e crendo
que merecemos além do que já temos, que somos mais dignos, que há expectativas
maiores concernentes a nossa auto-imagem, que fazemos jus a um lugar mais
elevado, destacado no alto do pódio da fama, da conquista, da vitória e
realização pessoal, todos queremos nos dar bem, ser notáveis, invejáveis,
admiráveis...
E tudo isto é a graxa, a maionese que nos faz deslizar para a
literal perdição, nos direciona para a frustração, descontentamento,
autocomiseração, ingratidão, rebeldia, rebelião e até mesmo a fatal e temida miséria.
Mas
se ao invés de concentrarmos a nossa atenção naquilo que gostaríamos de ter,
que almejamos possuir e voltássemos o olhar para o nosso meigo Mestre e
SENHOR, constataremos que nos tornamos cada vez menores e que tudo mais
torna-se insignificante diante da grandeza Dele.
Afinal, quem somos nós, a nossa
estatura, postura, pureza, poder, excelência, valores, razões, direitos, conquistas
e realizações diante da Presença e Plenitude Dele?
Sim,
exatamente; nos sentimos infantis, tolos, embaraçadamente ingênuos, pequeninos
e sem justificativas... e embasbacados percebemos e constatamos que
absolutamente nada merecemos, servos inúteis e desqualificados que somos.
E
agora já com o coração cheio de ternura e gratidão, o nosso olhar antes de
indagação e questionamento, muda para humildade, reconhecimento, amor, alegria,
gratidão por tudo o que Sua misericordiosa graça nos tem proporcionado mesmo
sem merecermos, sem nada exigir ou pedir em troca; atribuímos somente a Ele
todo o mérito, a honra, o louvor e a glória pelos nossos feitos e conquistas até
então.
"O
orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda. Melhor é
ter espírito humilde entre os oprimidos do que partilhar despojos com os
orgulhosos" (Provérbios 16.18,19).
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