quarta-feira, 20 de junho de 2018

Sem orgulho


SENHOR, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma.

                                   Salmos 131.1,2

Jamais podemos nos estribar, ancorar, apoiar ou confiar cegamente em possessões terrenas, valores mundanos, juras e promessas humanas, amizades eternas e sinceras, laços humanos inquebráveis e indissolúveis; pois fatalmente iremos mais dias, menos dias nos decepcionar.
"Irei aos nobres e falarei com eles, pois, sem dúvida, eles conhecem o caminho do Senhor, as exigências do seu Deus. Mas todos eles também quebraram o jugo e romperam as amarras" (Jeremias 5.5).
"Assim diz o SENHOR: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do SENHOR" (Jeremias 17.5).
Devemos encontrar nossa força, apoio e segurança apenas e somente em Deus, pois tudo o que somos ou seremos, tudo o que temos ou conquistaremos vem Dele graciosamente para nós.
"Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida"(Tiago 1.17,5).
"O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do Céu"! (João 3.27).
Se consideramos algo que possuímos pequenino demais, indigno da nossa grandeza – tipo: trabalho, salário, moradia, influência, família, amigos, nossa vida em si; então precisamos digerir, meditar um pouco mais no Salmos 131.
Certamente iremos concluir que os Caminhos, as veredas, doutrinas, conselhos e correções do SENHOR não são duros, apertados demais; mas o nosso coração é que anda recheado de orgulho, arrogância, prepotência em demasia. 
Sim, julgando e crendo que merecemos além do que já temos, que somos mais dignos, que há expectativas maiores concernentes a nossa auto-imagem, que fazemos jus a um lugar mais elevado, destacado no alto do pódio da fama, da conquista, da vitória e realização pessoal, todos queremos nos dar bem, ser notáveis, invejáveis, admiráveis... 
E tudo isto é a graxa, a maionese que nos faz deslizar para a literal perdição, nos direciona para a frustração, descontentamento, autocomiseração, ingratidão, rebeldia, rebelião e até mesmo a  fatal  e temida miséria.
Mas se ao invés de concentrarmos a nossa atenção naquilo que gostaríamos de ter, que almejamos possuir e voltássemos o olhar para o nosso meigo Mestre e SENHOR, constataremos que nos tornamos cada vez menores e que tudo mais torna-se insignificante diante da grandeza Dele. 
Afinal, quem somos nós, a nossa estatura, postura, pureza, poder, excelência, valores, razões, direitos, conquistas e realizações diante da Presença e Plenitude Dele?
Sim, exatamente; nos sentimos infantis, tolos, embaraçadamente ingênuos, pequeninos e sem justificativas... e embasbacados percebemos e constatamos que absolutamente nada merecemos, servos inúteis e desqualificados que somos.
E agora já com o coração cheio de ternura e gratidão, o nosso olhar antes de indagação e questionamento, muda para humildade, reconhecimento, amor, alegria, gratidão por tudo o que Sua misericordiosa graça nos tem proporcionado mesmo sem merecermos, sem nada exigir ou pedir em troca; atribuímos somente a Ele todo o mérito, a honra, o louvor e a glória pelos nossos feitos e conquistas até então.
"O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda. Melhor é ter espírito humilde entre os oprimidos do que partilhar despojos com os orgulhosos" (Provérbios 16.18,19).


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