Mas a terra em que vocês, atravessando o
Jordão, vão entrar para dela tomar posse, é terra de montes e vales, que bebe
chuva do céu. É uma terra da qual o Senhor, o seu Deus, cuida; os olhos do Senhor,
do seu Deus, estão continuamente sobre ela, do início ao fim do ano.
Deuteronômio 11.11,12
Um novo ano iniciou-se, viveremos cada dia
na dependência do SENHOR. Quem poderá afirmar o que virá pela frente? Quais as
mudanças, necessidades, experiências surgirão, o que haverá de novo? Tudo são
conjecturas e suposições... mas para os que confiam no SENHOR, sempre há
esperança e a certeza de que Ele cuida dos seus, e que nenhum de seus planos
pode ser frustrado.
Ele afirma que o seu olhar está
continuamente sobre os seus, que seus anjos acampam ao redor dos que O temem;
que Dele vem a nossa provisão, onde encontramos mananciais e fontes cristalinas
que nunca se secam, ribeiros caudalosos que jamais estancarão.
Os ansiosos, tristes, solitários,
desesperados, frustrados, decepcionados, desesperançados, abandonados, traídos,
sobrecarregados, endividados, todos encontramos em Cristo ricas promessas e respostas
repletas da graça e da misericórdia do Pai Criador. E sendo Ele a fonte do amor,
graça e da misericórdia, na presença Dele nunca nos faltará todas estas dádivas,
que tanto ansiamos; paz suprema de espírito, quietude nas tribulações da vida,
segurança do amanhã eternamente com Ele. Nem seca, nem calor, nem quaisquer
calamidades poderão por fim àquele rio, “cujas correntes alegram a cidade de
Deus”.
As notícias nos bombardeiam, oscilações no
mercado financeiro, tragédias, peste e calamidades, querem roubar e desestabilizar
a nossa paz... Mas o nossos olhos e coração precisam se fixar apenas no Autor e
Consumador da nossa fé, Ele é o nosso socorro e bem presente nas tribulações.
A terra está repleta de vales e montes, são
planícies e declives, alternâncias se sobrepõem para quebrar a monotonia do
nosso cotidiano, tantos os vales, como os montes e os desertos são necessários
e todos tem sua razão de ser, nada é por mero acaso. Os montes recolhem as
chuvas para centenas de vales frutíferos e produtivos. Até os desertos, em sua
quietude, crueza e nua beleza glorificam ao Criador. Conosco também é assim, o
monte das adversidades é que nos eleva ao trono da graça e nos faz retornar extasiados
com chuvas de bênçãos. Os montes rudes e ásperos de cada dia, que nos
assombram, nos espantam e contra os quais murmuramos, questionamos e
reclamamos, eles são os responsáveis pelas águas cristalinas que nos
dessedentam. Quantos de nós temos perecido ou desistido no deserto, quantos
poderiam ter vivido e prosperado em terra montanhosa! Quantos teriam sido
abatidos, vencidos e congelados pela neve, açoitados pelos ventos, despojados
da beleza das flores e da doçura dos frutos, não fosse à proteção dos rudes e toscos
montes... Rijos, duros, íngremes, ásperos, tão difíceis de escalar! Sim, os
montes de Deus são para o seu povo uma proteção contra os inimigos.
"Como os montes cercam Jerusalém,
assim o Senhor protege o seu povo, desde agora e para sempre" (Salmos
125.2).
Impossível termos noção do efeito que as
perdas, aflições e dores sofridas, estão produzindo sobre nós... Confiemos apenas,
sejamos firmes e valentes, os olhos do SENHOR estão sobre nós do início ao fim...
O Pai vem bem de perto, como a galinha que cuida dos seus pintainhos; para tomarmos
pela mão, direcionar-nos, guiar-nos pelo caminho, e conduzir-nos ao fim dos
Seus propósitos para cada um de nós.
"Todos os meus caminhos te são bem conhecidos...
Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. Todos os dias
determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles
existir. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as
minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me
pelo caminho eterno" (Salmos 139.3,5,16,23,24).
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