Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe.
Lucas 17.3
Em certa congregação havia dois garotos muito espertos. Sempre atentos, obedientes e assíduos freqüentadores dos programas da igreja, se destacavam e maravilhavam aos professores com suas tiradas inteligentes. Certo dia, ao retornarem da escola, pararam no mercado a pedido da mãe, para comprarem frutas. Quando perceberam que ninguém estava observando, pegaram mais frutas do que haviam pago. Felizes da vida, saíram contando vantagem sobre a proeza realizada. Em casa, relataram à mãe o ocorrido e esperavam aplausos e elogios. A senhora porém, com austeridade os repreendeu, fez com que entendessem a diferença entre ser esperto e ser desonesto, e mandou que retornassem ao mercado para devolver o excesso. E com um agravante: ambos deveriam contar ao comerciante o que haviam feito; do contrário, as coisas se complicariam muito para o lado deles. Hoje, já adultos, ainda comentam que a dor de uma bela surra, não doeria tanto quanto os minutos sofridos diante da mãe e do comerciante.
Salomão disse a mesma coisa, que a sábia senhora. A repreensão é um excelente instrumento de educação e correção. O problema é que vivemos em tempos do "politicamente correto" e muitos acham que não fica bem repreender, que corrigir pode ser traumático, principalmente quando se trata de uma pessoa muito próxima. Amigos deixam de repreender amigos, em nome da amizade e do direito que cada um tem, de viver sua própria vida.
Certos pais não vêem razão para repreender os filhos, nem quando pequenos, adolescentes ou jovens, pois acham que tudo tem a ver com uma fase da vida e mais tarde, por si só mudarão. Mesmo quando o assunto envolve "pecado", alguns entendem que é melhor abster-se do que repreender. Mas, a repreensão é excelente para a correção e prevenção. Durante a aplicação pode até causar desagradável incômodo e desconforto, mas os efeitos são notáveis e benéficos, principalmente quando ministrados com amor e misericórdia. Assim, no amor de Cristo, repreendamos e estejamos prontos para sermos repreendidos; mesmo porque, a repreensão também é um ato de amor.
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