quarta-feira, 10 de abril de 2019

E Tu SENHOR, onde estavas?!


Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia.

                                     Salmos 25.4-5

Quando surgem as lutas, quando as enfermidades e as dores nos surpreendem, os problemas se tornam insolúveis, as desavenças, dissensões, discórdias, separações, divórcios, perdas e mortes batem em nossa porta – quase sempre surge de imediato o questionamento: E Tu SENHOR, onde estavas que me permitiu passar por tudo isso?! E sem perceber acabamos por ficarmos irados com Deus. É como se Ele tivesse fechado os olhos, e descuidadamente permitido que as adversidades nos acometessem, servos íntegros, fieis e leais a Ele que somos.
Sim, mesmo porque oramos diariamente, frequentamos semanalmente os cultos, devolvemos assiduamente os nossos dízimos, esporadicamente ofertamos na Igreja, estudamos quase sempre a Bíblia e trabalhamos sempre que possível em Sua Obra. Não seria isso o bastante e mais que suficiente para garantir a nossa integridade e segurança; e impedir que tais dissabores nos acontecessem?!
E quase sempre quando agimos assim, guardando ressentimentos em nossos corações cheios de razões próprias, não ouviremos absolutamente nada de Deus. Podemos espernear, bater os pés, gritar, clamar, implorar, chorar, ainda assim a nossa birra não comoverá o Seu coração nem moverá a Sua mão para nos favorecer, Ele permanecerá silencioso.
Mas, na medida em que a nossa revolta vai diminuindo, aos poucos o silêncio torna-se um terno e meigo convite para buscar a doce Presença do Pai. E quando nessa nova postura e disposição procuramos as Escrituras, quando nos prostramos, quebrantados nos rendemos submissos e escavamos fundo, Ele Se revela a nós, Se permite ser achado por nós; nos consola, cura, revigora, restaura, transforma, alegra o nosso ferido coração...
E logo após esta experiência, nossa sensação de perda, tristeza, frustração, derrota e amargura passa e nossa intimidade com Deus é completamente restaurada; mesmo porque Ele não muda mediante a nossa má conduta e lança os nossos pecados no mar do esquecimento, para que tenhamos novamente livre acesso a Sua Presença, por meio do definitivo sacrifício do Seu amoroso e santo Filho Jesus!
Gradativamente vamos perceber que durante o triste período em que nos sentíamos punidos pelo silêncio divino, O buscamos mais profundamente, mergulhamos ainda mais fundo com maior dedicação em nossos estudos do que teríamos feito se O sentíssemos bem próximo; resultando numa maior experiência, um melhor e mais acurado conhecimento das Escrituras.
Sim, porque quando começamos a perceber que entristecemos a Deus, e a supor que Ele nos colocou de lado, voltou-nos as costas, então rapidamente começamos a rever e analisar a nossa postura, prestamos maior atenção a nossa própria conduta. E vamos então constatar que embora Deus possa estar silencioso, Ele está sempre presente, suporta o fardo da nossa ira infundada, nos conhece e cuida de nós, mesmo quando não podemos ouvir Sua voz, é o único que nos ama incondicionalmente.
Graças rendemos poderoso Deus, por Seu amor, misericórdia, graça, perdão e fidelidade. Embora possamos não sentir a Sua Presença em tempo integral, ajude-nos a reconhecê-Lo em todas as nossas circunstancias, principalmente nas adversidades; por tudo somos gratos, no poderoso Nome do SENHOR Jesus!

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