Desde aquele momento Jesus começou a
explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém e
sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos
sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia.
Então Pedro, chamando-o à parte, começou a
repreendê-lo, dizendo: "Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá"!
Jesus virou-se e disse a Pedro: Para trás
de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas
de Deus, mas nas dos homens.
Mateus 16.21-23
Deus nos dá uma clara revelação do Seu poder
e autoridade que estão disponíveis, quando assumimos o nosso lugar no Reino, e identificamos
as fortalezas do Inimigo. Para adentrarmos ao Reino, devemos ajustar o foco de
nossa visão espiritual, identificar o inimigo, e combatê-lo usando as armas que
o SENHOR nos disponibiliza.
No entanto, como enfrentaremos o Inimigo se
não formos capazes de identificá-lo? Ou como conseguiremos lutar contra alguém
se crermos que ele não existe? Para saber a respeito de nosso adversário, precisamos
começar analisando a criação do ser humano.
A Bíblia afirma que o homem foi criado à
imagem de Deus. Essa imagem não diz respeito às nossas características físicas;
é algo que está dentro de nós. Três coisas que Deus nunca desejou que
experimentássemos são: o pecado, a enfermidade e a morte. No entanto, como o homem foi
formado semelhante à imagem divina, Deus concedeu-lhe o direito de escolha. Infelizmente,
o homem cometeu um erro. E, por causa desse pecado de Adão — a desobediência no
jardim do Éden, quando deu ouvidos a Satanás — a humanidade ficou sujeita as
"recompensas" de Satanás: o pecado, a doença e a morte (Gênesis 2.17).
Adão não morreu no sentido físico naquele
dia, e sim espiritualmente. Lemos que "em Adão todos morrem" (1 Coríntios
15.22). Entretanto, esse mesmo versículo nos informa que "em Cristo todos
serão vivificados". Portanto, renascemos espiritualmente em Jesus. A
essência do ser humano não é corpo físico - Este retorna ao pó. É o nosso
espírito que vive eternamente.
O ser humano tem um espírito, e Deus é
Espírito. Satanás também é um espírito. Portanto, a primeira regra da batalha
é: identifique o seu inimigo. Não estamos engajados em um conflito natural com
os problemas, as doenças, a ansiedade, os temores e as frustrações. Estamos em
uma batalha no mundo espiritual, e essa é a causa de todos os nossos problemas.
Se procurarmos explicar e racionalizar os
problemas que nos afligem, estaremos lidando apenas com o reino natural. Os
resultados não serão permanentes. Entretanto, se enxergarmos a questão como ela
realmente é, ou seja, uma influência espiritual (de Satanás), então poderemos
combater utilizando o poder de Deus e destruir as obras do adversário, no nome
de Jesus.
Com base no testemunho de Moises, é
possível detectar os espíritos malignos pelos quais Satanás, o príncipe deles,
realiza a sua obra maligna. Na Lei, Moisés escreveu as palavras que Deus lhe
transmitiu no monte Sinai, e nela encontramos uma advertência contra a
atividade demoníaca na vida humana. Vemos a influência, o engano, a habilidade
dos demônios de comunicar-se com pessoas e controlá-las por meio de práticas
ocultistas. Percebermos também a aversão divina contra tudo isso. O Senhor
declara que esse envolvimento com o mal é "abominação", o pior pecado
que existe (Deuteronômio 18.9-13).
Deus determinou que qualquer um que
estivesse contaminado com os espíritos de abominação recebesse a pena de morte.
Obviamente, Cristo, na cruz, assumiu essa punição pelos pecados da humanidade.
Se alguém estiver envolvido com esse pecado e arrepender-se, Deus o perdoará, e
ele será salvo. Isso porque Cristo pagou a pena pelo pecado a favor de todos os
que Nele creem.
Deus não nos daria leis e doutrinas para
nos advertir contra perigos inexistentes. Temos na pessoa de Moisés, no Antigo
Testamento, um tipo de Cristo, no Novo Testamento. Moisés era o único homem que
falava com Deus face a face. Cristo, o Filho unigênito do Pai, sempre esteve
diante de Deus no céu e andava com Ele em tempo integral aqui na terra. Jesus e
Moisés reconheciam a existência de Satanás e o abominavam. E ambos destruíram
as obras malignas por meio do que realizaram, enquanto viveram aqui na terra,
em total obediência a Deus.
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