Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o
único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua
alma e de todas as suas forças.
Deuteronômio 6.4,5
A dúvida é definida como incerteza em crer ou
falta de confiança em algo. Aplicada à vida cristã, refere-se a ocasional
descrença, descrédito dos cristãos em Deus ou em Sua Palavra. Foi exatamente aí
que Israel e a maioria de nós cristãos literalmente, fracassamos.
Sim, há ocasiões em que as circunstancias são
tão adversas, as lutas são tantas, as dores são tamanhas, que num momento de fraqueza,
chegamos a questionar a existência de Deus – "Puxa! Será que Deus tirou umas
férias? Será que deixou a terra entregue à própria sorte? Será que Ele não está
vendo tudo isso? Será que está concordando com essa situação"? Infelizmente
isto ocorre, mesmo não sendo razoável que um ser humano ouse descrer desta
verdade tão óbvia e evidente.
"Diz o tolo em seu coração: "Deus
não existe". Corromperam-se e cometeram atos detestáveis; não há ninguém
que faça o bem. O Senhor olha dos céus para os filhos dos homens, para ver se
há alguém que tenha entendimento, alguém que busque a Deus. Todos se desviaram,
igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um
sequer" (Salmos 14.1-3).
Não é raro acontecer também de suscitar
dúvidas sobre a salvação, logo após cometermos algum pecado ou mesmo sofrermos
uma derrota espiritual – "Nossa! Desta vez fui longe demais, vacilei feio; como
pude fraquejar assim?! Deus não vai nem querer olhar para mim! Acho que esta
não vai me perdoar mesmo... hummm! Desta vez acho que estou perdido! Se eu
fosse Ele, não me perdoaria, com certeza"...
"Aquele que pratica o pecado é do diabo,
porque o diabo vem pecando desde o princípio. Todo aquele que é nascido de Deus
não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode
estar no pecado, porque é nascido de Deus" (1 João 3.8 a,9).
E então quando lemos esse versículo que
acabamos de ler, concluímos - realmente não termos nova chance. Mas, ainda bem,
pela graça de Deus, há o próximo versículo, que propositalmente vem antes desse
e dá-nos uma maior compreensão de que ele se refere a um estilo de vida
pecaminoso, e não a pecados que eventualmente venhamos a cometer, nossos
deslizes, fragilidades, falta de vigilância. Basta tropeçarmos, baixarmos a
guarda que o acusador mais que depressa se levanta contra nós, mas graças a
Deus, exatamente para isto se manifestou o nosso SENHOR.
"Para isso o Filho de Deus se
manifestou: para destruir as obras do diabo" (1 João 3.8b).
Há ainda outra possibilidade bem comum de ocorrer
em nosso meio cristão, levantarmos dúvidas sobre a soberania de Deus ou Sua bondade
e compaixão; quando contemplamos situações calamitosas, trágicos acidentes e grandes tragédias.
É preciso lembrar que nem sempre podemos reconhecer a boa mão divina agindo,
atenuando as circunstancias da vida; não podemos ver alem das aparências, não
entendemos os motivos e os porquês dos acontecimentos ao nosso redor.
A fé madura crê em Deus independentemente das
circunstancias, e mesmo quando tudo o mais a nossa volta afirmar e indicar ao
contrário, e não abalizar a nossa crença, ainda assim teremos confiança. Pois,
toda dúvida origina-se na descrença na Palavra de Deus, a qual afirma, acima de
tudo, a existência e o caráter de Deus. E caso isso nos ocorra, devemos
considerar a dúvida como um pecado de descrença, descrédito e, então,
imediatamente confessá-lo ao SENHOR; este é, portanto, o primeiro passo para
vencê-la.
"Guardai-vos, que o vosso coração não se
engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e os adoreis, e vos
inclineis perante eles"; (Deuteronômio 11.16).
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