sábado, 5 de agosto de 2017

Crer ou não crer!


Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.

                           Deuteronômio 6.4,5

A dúvida é definida como incerteza em crer ou falta de confiança em algo. Aplicada à vida cristã, refere-se a ocasional descrença, descrédito dos cristãos em Deus ou em Sua Palavra. Foi exatamente aí que Israel e a maioria de nós cristãos literalmente, fracassamos.
Sim, há ocasiões em que as circunstancias são tão adversas, as lutas são tantas, as dores são tamanhas, que num momento de fraqueza, chegamos a questionar a existência de Deus – "Puxa! Será que Deus tirou umas férias? Será que deixou a terra entregue à própria sorte? Será que Ele não está vendo tudo isso? Será que está concordando com essa situação"? Infelizmente isto ocorre, mesmo não sendo razoável que um ser humano ouse descrer desta verdade tão óbvia e evidente.
"Diz o tolo em seu coração: "Deus não existe". Corromperam-se e cometeram atos detestáveis; não há ninguém que faça o bem. O Senhor olha dos céus para os filhos dos homens, para ver se há alguém que tenha entendimento, alguém que busque a Deus. Todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer" (Salmos 14.1-3).
Não é raro acontecer também de suscitar dúvidas sobre a salvação, logo após cometermos algum pecado ou mesmo sofrermos uma derrota espiritual – "Nossa! Desta vez fui longe demais, vacilei feio; como pude fraquejar assim?! Deus não vai nem querer olhar para mim! Acho que esta não vai me perdoar mesmo... hummm! Desta vez acho que estou perdido! Se eu fosse Ele, não me perdoaria, com certeza"...
"Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus" (1 João 3.8 a,9).
E então quando lemos esse versículo que acabamos de ler, concluímos - realmente não termos nova chance. Mas, ainda bem, pela graça de Deus, há o próximo versículo, que propositalmente vem antes desse e dá-nos uma maior compreensão de que ele se refere a um estilo de vida pecaminoso, e não a pecados que eventualmente venhamos a cometer, nossos deslizes, fragilidades, falta de vigilância. Basta tropeçarmos, baixarmos a guarda que o acusador mais que depressa se levanta contra nós, mas graças a Deus, exatamente para isto se manifestou o nosso SENHOR.
"Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo" (1 João 3.8b).
Há ainda outra possibilidade bem comum de ocorrer em nosso meio cristão, levantarmos dúvidas sobre a soberania de Deus ou Sua bondade e compaixão; quando contemplamos situações calamitosas, trágicos acidentes e grandes tragédias. É preciso lembrar que nem sempre podemos reconhecer a boa mão divina agindo, atenuando as circunstancias da vida; não podemos ver alem das aparências, não entendemos os motivos e os porquês dos acontecimentos ao nosso redor.
A fé madura crê em Deus independentemente das circunstancias, e mesmo quando tudo o mais a nossa volta afirmar e indicar ao contrário, e não abalizar a nossa crença, ainda assim teremos confiança. Pois, toda dúvida origina-se na descrença na Palavra de Deus, a qual afirma, acima de tudo, a existência e o caráter de Deus. E caso isso nos ocorra, devemos considerar a dúvida como um pecado de descrença, descrédito e, então, imediatamente confessá-lo ao SENHOR; este é, portanto, o primeiro passo para vencê-la.

"Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e os adoreis, e vos inclineis perante eles"; (Deuteronômio 11.16).

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