quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Apenas o silencio


Calar-se-á por seu amor.
         
              Sofonias 3.17

"Jesus não lhe respondeu palavra" (Mateus 15.23).
Pode ser que neste exato momento, haja entre nós alguém que atravessa circunstancias de um período de intensa e esmagadora tristeza, profundo desapontamento, traição, perda, subtração, ou um doído golpe provindo de uma fonte inesperada... Encontra-se ansioso por ouvir a suave e inequívoca voz do Mestre, a sussurrar-lhe: "Tenha bom ânimo, tudo isso passa, você vencerá, força, confia"!, mas a despeito da tremenda dor, só encontra completo silencio e o sentimento de insegurança, incerteza e tristeza permanece, sem que alguém se compadeça e venha lhe estender a mão – "Não lhe respondeu palavra".
Mas podemos estar certos de que a dor do filho reflete profundamente no coração do Pai, e que portanto, o terno, meigo coração de Deus muitas vezes deve doer, ouvindo os tristes e queixosos murmúrios e lamentos que se levantam do nosso frágil, inseguro, incerto, impaciente e débil coração; murmuramos, lamentamos, queixamos, reclamamos, nos impacientamos porque não conseguimos discernir, entender que é exatamente por amor de nós, que Ele não responde, ou que parece nos afirmar o contrário do que os nossos olhos embaçados pelas lágrimas conseguem distinguir, olhos de tão curta e limitada visão... Pobre de nós!
O silencio do Mestre é tão eloquente quanto a Sua voz, e pode ser um sinal, não de desaprovação, mas de aprovação e de Seu profundo e consistente propósito de benção para a nossa vida. Basta esperarmos pacientemente que no Seu tempo colheremos.
"Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus" (Salmos 42.5,6).

"Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor" (Salmos 40.1).

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