Pois da mesma forma que julgarem, vocês
serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.
Mateus 7.2
É quase imperceptível mas em todo o tempo
estamos analisando e julgando o que acontece ao nosso redor.
Censuramos e até gracejamos de um homem que
passa por nós cambaleando e ziguezagueando logo pela manhã, porém não presenciamos,
ignoramos a surra que ele sofreu na noite anterior... Ficamos perturbados, observando
e reprovando o andar coxeante de uma mulher, mas não sabemos que o seu belo
calçado feriu-lhe insuportavelmente os pés...
Nos intrigamos e julgamos covarde quando
vemos o medo estampado em alguém, por algo tão insignificante ao nosso ver; mas
nem calculamos quantos foram os dardos e pedradas dos quais esse alguém, com
muito sofrimento tem escapado...
Consideramos alguém muito saliente,
estridente, espalhafatoso, extravagante para o nosso requintado e seleto gosto –
mas pode ser que esse indivíduo tenha se cansado de ser ignorado e nem ser notado
como tantas outras vezes...
E quando é extremamente reservado, comedido,
recatado – é bem possível que tema novamente escorregar e se ferir de novo...
É muito lento, mais vagaroso que uma
tartaruga – nem fazemos ideia de quantos tropeções levou recentemente na
tentativa de ser mais rápido ao caminhar...
Não conhecemos o interior, as circunstâncias, os motivos, as razões, as dificuldades, as limitações de cada um – somente Aquele que sonda e
esquadrinha o coração, sabe as intenções que há por trás de cada atitude e escolha
que tomamos; é quem pode e está capacitado a julgar – "Cristo Jesus, que
há de julgar os vivos e os mortos" (2 Timóteo 4.1). Este é o nosso justo
Juiz – portanto, deixemos a poltrona e a toga de juiz, pois não fomos chamados
para isso.
"Não julguem, para que vocês não sejam
julgados" (Mateus 7.1).
Nenhum comentário:
Postar um comentário