terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Somente o Teu querer, SENHOR!


Todos vocês que acendem fogo e fornecem a si mesmos tochas acesas, vão, andem na luz de seus fogos e das tochas que vocês acenderam. Isso é o que receberão da minha mão: vocês deitarão atormentados.

                                         Isaías 50.11

Que sinal de alerta para aqueles de nós que atravessam circunstancias difíceis, momentos de total ausência de luz, caminham em trevas e tateando procuram sair para a luz, por si próprios, pelos próprios recursos e meios. São comparados no versículo acima, com alguém que acende uma labareda e caminha em suas próprias faíscas.
Significa dizer que muitos de nós, quando atravessamos pelo deserto das trevas, somos tentados a descobrir por nós mesmos um escape, uma saída para o caos sem consultarmos ou esperarmos pelo agir de Deus, sem buscarmos o apoio Dele. Ao invés de buscarmos Sua orientação, permitirmos que Ele guie nossos passos até atravessarmos o túnel de horror, procuramos sair sozinhos. Buscamos os holofotes e as luzes mundanas, conselhos e orientações dos amigos; nossos próprios instintos, razões e conclusões próprias. Isto quando não adotamos um caminho de livramento totalmente alheio, absolutamente contrário ao do SENHOR para nós.
Todas estas opções são fogos acesos por nós; luzinhas fracas, rotas, incapazes de nos direcionar, que certamente nos levarão a encalhar no próximo banco de areia do caminho. E Deus simplesmente permitirá que segundo nossa escolha, andemos pela luz dessas débeis fagulhas, que só resultarão em dores, decepções e perda de tempo.
Não podemos de modo algum nos apoiar em nossos próprios entendimentos, nem procurar sair de circunstancias complicadas sem a direção, o aval e o tempo certo de Deus para nós.
"Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento"; (Provérbios 3.5).
O tempo de aflição é terapêutico, tem o propósito de ensinar-nos lições que serão fixadas, e de que necessitamos grandemente do aprendizado que nos deixarão. Certamente os livramentos prematuros podem frustrar a conclusiva obra da graça em nos; como poderemos conhecer a rota se não a trilharmos cabalmente?
Simplesmente confiemos, entreguemos tudo completamente nas sábias mãos do Condutor. Disponhamos nosso coração a suportar as provas que surgirem desde que tenhamos conosco, a garantia da Sua Presença constante. Não soltemos de Suas mãos em momento algum, nem para dormir, lembrando sempre que é mais seguro caminhar em trevas com Deus do que na luz sem Ele.
Não podemos brincar de ser Deus, deixemos de intervir e interferir nos desígnios, no querer e na vontade de Deus. Como quando insistentemente ficamos pedindo por algo, feito filhos teimosos: “Pai eu quero isto... Preciso disso... Desejo isso... Me dá isso... Todos já tem e também quero isto... Se o SENHOR não me der isto, então também”...
Quando colocamos a mão alterando o curso de algum de seus planos, sem sombra de dúvidas estragaremos a obra, jamais poderemos realizar mais do que Ele, ou melhorar qualquer projeto Seu.
Podemos mover o ponteiro do relógio a nosso bel prazer, segundo a nossa conveniência, mas isso não alterará o tempo; podemos abrir um casulo de borboleta antes da hora, ou um botão de flor prematuramente, mas só iremos provocar danos; podemos querer apressar, agilizar o desenrolar da vontade e dos propósitos de Deus, mas só estaremos prestando um desserviço para o Reino do Altíssimo.
Deixemos tudo com Ele, passemos o leme para o Seu controle, tiremos as nossas mãos.

Cumpra-se o Teu querer SENHOR, faça-se a Tua vontade, e não a minha!

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