quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Força para conter-se


Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor.

                              Romanos 12.19

Há ocasiões em que permanecer quieto exige muito mais força, resistência e autocontrole do que reagir. A serenidade, passividade, muitas vezes é a maior demonstração de resistência e força que podemos externar. Diante das acusações e insultos mais vis, catastróficos e mortais nosso Mestre Jesus respondeu com um resoluto silencio tal, que provocou indignação aos magistrados e admiração a todos os presentes. Às maiores provocações, insultos, agressões, falsas acusações, violentos maus-tratos, zombarias e chacotas, que sem dúvida alguma trariam revolta, ira, indignação ao mais pacífico dos mortais, e a qualquer coração fragilizado; Ele respondeu com branda, muda e complacente serenidade. Somente os que são injustamente provocados, acusados sem merecer e maltratados sem razão, sabem exatamente o preço, quanta força é necessária para permanecer calados, e não reagir.
O apóstolo Paulo conheceu bem de perto isso – ele disse assim:
"Não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus" (Atos 20.24).
Ele não afirmou que as ofensas não o feriam, nem causavam dor. Seu coração assim como o nosso, era também sensível – uma coisa é ser ferido e outra coisa é permitir-se abalar pelo ferimento - Paulo, assim como Jeremias choraram muito ao longo de seus ministérios. E é necessário que um homem seja muito forte, e tenha uma profunda dor na alma, para poder chorar, para quebrantar-se em lágrimas.
Jesus chorou, Ele sentiu imensa angústia na alma; e foi o homem mais perfeito que já povoou a terra.
Paulo confessou que as injustiças o feriam e magoavam sua alma; mas a leitura que ele fazia das circunstancias diverge muito da forma que somos inclinados a ver; ele não se importava com a comodidade, o conforto, seu próprio bem estar; não se importava com sua vida mortal. Sua maior preocupação restringia-se a ser leal ao Mestre, e ter a Sua total aprovação; para ele, seu ministério era um imenso privilégio e ser útil ao Reino era sua própria recompensa. A humildade era o seu estandarte, sempre reconhecido da sua própria condição. 

"Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal" (1 Timóteo 1.15).

Nenhum comentário:

Postar um comentário