sexta-feira, 10 de junho de 2016

Quando o fracasso torna-se júbilo


Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria,

                                Salmos 30.11

Em nossa trajetória rumo à alegria e realização plena, iniciamos com o reconhecimento de nosso total fracasso moral, o pedido de socorro, a constatação de insuficiência, de incapacidade, totalmente derrotados, confissão de um coração totalmente quebrantado.
A grande maioria, senão a totalidade dos que experimentaram a Presença do SENHOR, antes declararam a total falência espiritual e mergulharam num grande e profundo abismo existencial.
Baixamos totalmente a guarda, já não há mais o que proteger, nossos depósitos encontraram-se vazios e desprotegidos, assim como nossos bolsos, valores e reservas, nossas opções terminaram, esgotamos nossas estratégias e não encontramos a saída, não há luz no fim do túnel, a penumbra se instalou, faz tempo que não entendemos o real significado de justiça... Agora nosso vocabulário só sabe pronunciar e suplicar por “misericórdia”.
Então passamos a clamar a Deus para que nos faça aquilo que não somos capazes de fazer por nós mesmos. Percebemos a nossa pequenez e a grandeza de Deus, descobrimos o quanto somos pecadores e quanto Deus é Santo, constatamos e concordamos com a afirmativa de Jesus:
"Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5).
"Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível" (Mateus 19.26).
Deus sempre caminha na contramão dos nossos valores, nossa carne contraria as vias espirituais; observemos a ironia na qual o SENHOR se deleita – a rota alternativa por onde se conduz: nascer na terra árida da perda, em vez do solo fértil dos grandes feitos e realizações suntuosas. São caminhos que evitamos, são escolhas que não nos agradam e nem optamos por elas voluntariamente. Não é todo dia que nos dispomos a reconhecer nossa impotência e incapacidade, é preciso grandeza para admitir nosso fracasso, e não fazemos isso com um sorriso estampado no rosto. Confissão total da nossa vulnerabilidade, de que somos débeis, eternos errantes, e sabendo ainda que tudo isso não costuma ser seguido de um completo perdão e pleno esquecimento no terreno humano, torna-se ainda mais difícil e penoso. Porém, uma vez mais Deus Se guia pela mão inversa ao caminho do Homem.
A hora mais escura da noite é a que está mais próxima do amanhecer. São exatamente nesses momentos de completa escuridão; quando esgotamos todas as opções e já não há mais saída nem solução, é que precisamos nos agarrar a Suas promessas, porque elas jamais falham.

"Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o "sim". Por isso, por meio dele, o "Amém" é pronunciado por nós para a glória de Deus" (2 Coríntios 1.20). 

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