quarta-feira, 22 de junho de 2016

Coração servil


Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
                                
                                  Mateus 20.26-28

Não há vida no Mar Morto, as águas cristalinas e frescas do Jordão ao desembocarem nele, tornam-se inúteis, sem vida, completamente estagnadas. Muitos de nós cristãos, somos espiritualmente falando, exatamente como o Mar Morto, absorvemos todas as dádivas do nosso Pai Misericordioso, mas nunca retribuímos, somos incapazes de demonstrarmos qualquer atitude de gratidão e reconhecimento por tudo o que recebemos graciosamente de Deus. Esquecemos que fé sem obras é fé morta, inútil, sem vida, estagnada.
Nosso culto ao SENHOR há de ser racional, devemos adorá-Lo com inteireza e dedicação genuína. Podemos nos nortear pelas seguintes indagações:
Como seria a igreja, a obra de Deus hoje, se todos ofertassem como eu oferto?
Como o Reino de Deus se expandiria, seria abençoado, se todos orassem na intensidade e frequência que eu oro?
Qual seria o progresso, a evolução espiritual do Corpo de Cristo, se todos os cristãos fossem assíduos e frequentes aos cultos, assim como eu?
Qual seria a aparência da Noiva de Cristo, sua Amada Igreja, se todos a servissem com a mesma disposição que eu sirvo?  
Para não poucos de nós, infelizmente, as repostas apontariam para uma igreja sem vida, sem amor, inútil, estagnada. Quando vivemos apenas para nós mesmos, deixamos o egoísmo, a mesquinharia falar mais alto, ditar nossos passos; morremos sós, sem memória, sem lembranças agradáveis, sem legado. Se bem pensarmos, nossos discursos são recheados de expressões egoístas: “minha vida, minha casa, minha família, meu carro, meus sentimentos, meus valores, meus bens, meus objetivos, meus recursos, minha igreja, meu... meu”...
O padrão de medida da grandeza de um homem não está no número de serviçais que ele possui, mas na quantidade de pessoas a quem ele serve:
"O maior entre vocês deverá ser servo. Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado" (Mateus 23.11,12).
O homem bem-sucedido não é o que sobe nos ombros dos outros para galgar as alturas, ignorando a dor e o sofrimento alheio, explorando seu semelhante para conquistar sucesso... Não, não, bem-sucedido é aquele que chega no topo sim, mas leva consigo outros ombro a ombro, lado a lado, a conquistarem sucesso também em suas lutas e adversidades.
Não podemos jamais esquecer que nosso SENHOR e Salvador Jesus é Servo, e nos deixou inúmeros exemplos para nos espelhar: ministrou aos socialmente excluídos, aos pedintes cegos, aos leprosos, a prostitutas, a viúva, aos coxos e paralíticos, sem acepção de pessoas; mostrando-nos que não importa hora ou local, a tempo e fora de tempo é a nossa jornada:
"Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus" (Mateus 5.16).
Não podemos ler na cartilha ou aceitar os ditames dos dias de hoje em que se crê e torna-se obcecado por encher e lotar igrejas, buscando atrair as pessoas certas, pregar o que os ouvidos querem ouvir...
"Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus" (Tiago 4.4).
Nosso impacto no mundo seria grande se todos fossem mobilizados, comprometidos; mesmo porque um cristão ocioso é uma árvore infrutífera, um poço sem água. Todos os perdidos, feridos, sobrecarregados, são as pessoas certas, todos necessitam igualmente de salvação, não podemos ser seletivos.
A Casa de Deus deve ser como uma grande oficina de operários, envolvidos, como um forte e guarnecido quartel general do exército de guerreiros espirituais, dispostos a alcançar aos perdidos, ajudar aos necessitados, enfermos, trazer alívio aos sofridos e sobrecarregados, ministrar e visitar aos presos e enfermos, confortar aos desamparados. Enfim, sermos os pés e mãos, coração e mente do SENHOR, instrumentos do Espírito Santo enquanto estamos aqui na terra.

"Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus" (Efésios 3.14,16-19).

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