terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Obscuridade


O povo ouviu falar que ele estava em casa.

                         Marcos 2.1

Os pólipos que constroem os recifes de corais trabalham obscuramente no fundo do mar, ignoram completamente que estão silenciosamente edificando os alicerces de uma nova ilha, sobre a qual repousam planos e projetos, onde mais tarde, crescerão plantas e animais, onde nascerão e viverão filhos de Deus, que serão edificados para o louvor, honra e glória do SENHOR, co-herdeiros com Cristo Jesus.
Muitas vezes nos ressentimos do lugar a nós destinado, escondido, isolado, inexpressivo, muito aquém do que julgamos merecer, sem destaque, sem importância, sem valor ao olhar humano; e ficamos tristes, amargurados, murmuramos, queixamos... Mas precisamos pensar que se Deus nos designou para aquele lugar, não devemos sair de Sua vontade; pois sem os pólipos, não haveria recifes de corais, em consequência não haveria as ilhas, todos desempenham suas funções, mesmo que não haja nenhum reconhecimento ou entendimento. Deus aprecia homens que estejam dispostos a serem pólipos para a edificação da Sua obra e que trabalhem na obscuridade, sem que isso seja um sacrifício; longe das vistas, das vitrines, das mídias, dos púlpitos, dos microfones... Sustentados e inspirados, porém, pelo Espírito Santo e plenamente visíveis ao olhar do SENHOR. Ele é quem precisa nos ver, não importa se fomos destinados a sustentar o púlpito, deitados debaixo dele, ou de joelhos com a boca no pó, ou se só podemos limpar os banheiros, alguém precisa fazer e por que não nós? Nem todos serão da linha de frente, nem todos estarão pregando ou ministrando louvor.
Haverá o dia em que o SENHOR nos dará a recompensa, Ele não comete enganos; embora alguns se surpreendam e se admirem de como chegamos a merecer ou receber tal recompensa, tal reconhecimento, se nunca ouviram ou viram nada sobre nós.
Não criemos expectativas em campanhas, reuniões concorridas, experiências grandiosas de euforia espiritual, ou de comunhão edificante entre irmãos... Podemos trabalhar na obscura Emaús, na temível Colossos, na distante Macedônia ou no campo missionário do nosso próprio bairro. Não importa onde, podemos estar confiantes, cientes de que onde Ele nos coloca, em nossa jornada; fronteiras podem ser conquistadas, a bandeira do Evangelho pode ali ser hasteada, e a batalha e a vitória ganha, porque Ele já o ordenou e já venceu por nós.
"Por que vocês estão perturbando essa mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Eu lhes asseguro que onde quer que este evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado, em sua memória" (Mateus 26.10,13).
"Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá" (João 13.7).

"Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.13,14).

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