quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Nova e Eterna Aliança no Pentecostes


E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos.
Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias.

                    Joel 2.28,29

A Antiga Aliança foi estabelecida no monte Sinai. Deus libertou milagrosamente os israelitas da escravidão do Egito. Obedecendo a Deus, mataram o cordeiro, aplicaram o sangue na porta da casa e comeram a primeira refeição de Páscoa.
Cinquenta dias depois, no monte Sinai, Deus fez uma aliança com eles. Em grande demonstração de poder, desceu sobre o monte no meio de fogo e fumaça. O Sinai estremeceu, raios cortaram o espaço e a trombeta de Deus soou. Deus falou-lhes de forma audível, outorgando-lhes a Lei. E os israelitas passaram a celebrar a Festa de Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa, todos os anos, em memória daquele dia glorioso.
A Nova Aliança foi estabelecida em Jerusalém, no monte Sião! Mais de 1.400 anos depois, também no Dia de Pentecostes, Deus cumpriu a promessa de firmar a Nova Aliança com Israel.
No cenáculo, Jesus estabeleceu os termos, as condições e as promessas da Aliança. E orou para que, de acordo com a perfeita vontade do Pai, todos os que fizessem parte dessa Aliança fossem um com Ele.
Na cruz, ofereceu-se como Sacrifício perfeito pelo pecado de toda humanidade. E quando o sangue jorrou, selou para sempre a Nova Aliança, cumpriu-se a Páscoa, tornou-se o Sacrifício da Páscoa.  Ressuscitou vitorioso sobre a morte e o inferno. Apareceu aos discípulos e ordenou-lhes que esperassem em Jerusalém pelo cumprimento da promessa do Pai.
Cinquenta dias após a Páscoa, depois que Jesus selou a Nova Aliança com seu sangue, Deus, no Dia de Pentecostes, firmou conosco uma Aliança NOVA E ETERNA, que não pode ser quebrada.  Numa demonstração tremenda de poder, manifestou a sua presença em línguas de fogo e com som de um vento muito forte. "Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos num só lugar" (Atos 2.1).
Cento e vinte discípulos reuniram-se com um único propósito: RECEBER a "promessa de meu Pai". Estavam ali em uma atitude de fé, Crendo e Esperando receber! De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados (Atos 2.2).
Chegou o dia que os profetas haviam aguardado e tanto desejaram ver! A promessa do Pai foi cumprida!
Enquanto esperavam, os discípulos ouviram subitamente um som celestial. O ruído de um vento muito forte encheu o ambiente! De acordo com o plano de Deus, o Espírito Santo foi enviado do céu. "E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles" (Atos 2.3).
As "línguas de fogo" que repousaram sobre eles eram uma manifestação exterior da obra interior do Espírito Santo que ocorria naquele momento. “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas" (Atos 2.4).
Os discípulos RECEBERAM a promessa do Pai, conforme Deus prometera a Israel: "Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente as minhas leis" (Ezequiel 36.27). Eles foram "batizados", isto é, ficaram cheios do Espírito Santo, e receberam PODER! Jesus afirmara: "Vocês receberão poder quando o Espírito Santo descer..." (Atos 1.8).  
Naquele dia, a Nova Aliança foi estabelecida com a demonstração do PODER do Espírito Santo!
Durante anos, a Igreja tem enfatizado a manifestação exterior do poder, resultado do interior preenchido com o Espírito Santo — as línguas e o poder miraculoso de Deus, liberado por meio dos discípulos. Essas manifestações exteriores de poder eram o resultado da obra interior do Espírito Santo na vida dos cristãos. O propósito de Deus ao enviar o Espírito Santo para habitar em seu povo não foi simplesmente lhes dar poder para operar milagres.
Quando nos aprofundamos no Espírito, vemos que o ocorrido naquele dia no cenáculo foi uma TRANSFORMAÇÃO de todos os que se reuniram ali. Os discípulos receberam o “dunamis” (poder) não apenas para curar enfermos e expulsar demônios, mas também para viver uma vida VITORIOSA!
Quando deixaram o cenáculo, os discípulos não eram mais os mesmos. A aparência era igual, mas o poder de Deus os havia transformado completamente. No cenáculo, entraram como discípulos fracos, inseguros e temerosos, porém saíram de lá cheios do poder e da glória de Deus!

O propósito de Deus ao estabelecer uma aliança eterna com o ser humano era reunir um povo que o amasse de corpo, alma e espírito — um povo que fosse um com Ele, cujos desejos estivessem em total harmonia e unidade com os dEle e cuja disposição fosse obedecer-lhe incondicionalmente e que isso não fosse um sacrifício, mas sim prazeroso.

Um comentário:

  1. Gostaria de saber se a comemoração do dia de Pentecostes tem alguma ligação com a libertação do povo hebreu do Egito?
    E também, qual a ligação da Nova Aliança com o dia de Pentecostes?

    ResponderExcluir