quarta-feira, 7 de junho de 2017

Exercitar o perdão


Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.

                             Mateus 6.12

Qual é a nossa reação instantânea quando somos insultados ou alguém destrata diante de nós, aos nossos amados? O fogo da ira incendeia e fervilha dentro de nós e como labareda nos consome, cega os olhos da razão e partimos para as vias de fato? Ou seguramos o rojão calmamente, contamos até mil, buscamos internamente uma fonte de água fria, e dela extraímos um balde de graça e misericórdia – para nos livrar da armadilha e da tentação de acionar o gatilho da ira que nos induz ao pecado?
Há alguma emoção que aprisione mais a alma que a indisposição para perdoar?
Davi, por exemplo, para escapar e livrar-se da perseguição do Rei Saul, enfrentou muitas dificuldades. Nessa ocasião foi até Nabal, um homem de muitas posses, a quem muito ajudara no passado; procurar auxílio – este porém, negou-lhe ajuda e ainda o insultou e a seus valentes, mas Deus o impediu de matá-lo – Davi conseguiu controlar e refrear as próprias emoções.
Convém não permanecermos remoendo ressentimentos, ruminando a ira, como se estivéssemos removendo as cascas do ferimento recente. Procuremos nutrir sentimentos elevados, altruístas, sejamos como Aquele que disse: "Perdoa-lhes Pai, porque não sabem o que fazem".
"Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos" (Romanos 12.17).
O primeiro passo em direção ao perdão é conseguir ver o outro como um ser humano, suscetível a erros e falhas, como a nós mesmos; e não como uma fonte que só espalha dor e sofrimento por onde passa. É exatamente desta forma que o SENHOR nos trata, exercitando a misericórdia, Ele se tornou como um de nós, e conhece todos os nossos limites, sabe exatamente como nos sentimos, compreende nossas frustrações. E em Sua grandiosidade, quando por nós, pendurado no madeiro, pôde perdoar e interceder por Seus algozes.
Quando liberamos perdão, nos aproximamos mais de Deus, pois nesse ato, demonstramos submissão e obediência aos Seus mandamentos e a disposição em buscar a humildade de coração que Ele nos ensinou. O perdão é sem dúvida alguma, atividade a ser exercitada e praticada; pois devido ao nosso egoísmo inerente, temos muita dificuldade em lidar com ele; principalmente quando somos feridos, traídos, subtraídos ou magoados profundamente.
Que o SENHOR nosso Deus possa injetar em nós a mesma graça e misericórdia que Ele conseguiu liberar e demonstrar no Calvário.

"Façam todo o possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor. Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele. Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem" (Romanos 12.18-21).

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