Se Ele aquietar, quem então inquietará?
Jó 34.29
Há uma terna calma e mansa quietude que se
propaga, se manifesta além do bramido e da fúria do medonho temporal.
Não desfaleçamos, prossigamos singrando mar
adentro, tranquilamente – Ele permanece em suave e terno repouso, adormecido em
nosso barco... E ao atingirmos alto mar, distantes da segurança terrena, na
negra noite sem luar, sem prévio aviso; ondas se levantam e se agitam em grande
fúria, em ruidosa e assustadora tempestade. Até parece que o próprio inferno
juntou-se à terra conspirando contra nós, gigantescas ondas surgem se avolumam,
engordam e crescem como enormes prédios açoitados pelo vendaval, galopando rumo
a nossa pequenina, frágil e débil embarcação... a cada uma que superamos é um
provisório e temporário alívio, mas outras e outras se encaminham resolutas na
intenção de tragar-nos.
Mas em desespero, quando a esperança se
esvai levando consigo a determinação e a coragem, aflitos clamamos ao Mestre e
então Ele interrompe e desperta do Seu sono repousante e instantaneamente repreende
o vento impetuoso e faz cessar o frenético bailado das gigantescas ondas; Sua
mão estendida trás consigo benção, quietude, paz repousante sobre a furiosa ira
dos elementos em tumultuada desordem. Sua voz ecoa com firmeza e autoridade e
faz-se ouvir com clareza acima do forte zunido dos ventos que encrespam e
açoita as ondas com violência – "Aquieta-te, emudeça-te"! - Automaticamente
instala-se uma pacifica bonança, o mar torna-se um plano espelho d’água. "Se
Ele aquietar", ...
Há uma calma presente, por mais tumultuada,
conturbada e desesperadora que esteja e pareça a situação, mesmo quando não conseguimos
perceber ou sentir as consolações do Mestre.
Tendemos a nos apegar a frágeis e sutis
segurança terrena, caímos na cilada de valorizar apenas o visível e o palpável,
então por Sua grande e infinita misericórdia, por muito nos amar, Ele permite
que sejam abalados nossos valores terrenos; para que saibamos distinguir: bênçãos
de Abençoador, criatura de Criador, servo se SENHOR – e por Sua imensurável graça
revela-Se e chega-Se a nós e manifesta a segurança protetora da Sua doce
Presença – então uma imensa e pacífica calma inunda, envolve e protege nossa
mente e coração, pois:
"Se Ele aquietar, quem então inquietará"?
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