Mas os justos se manterão firmes em seus
caminhos, e os homens de mãos puras se tornarão cada vez mais fortes.
Jó 17.9
Somos a instrumentalidade de Deus, na
verdade somos Suas mãos para ministrar e demonstrar o Seu poder ao mundo.
Imaginemos se houvesse a possibilidade de
produzirem um documentário, tipo inventário, com a retrospectiva de todo o
trabalho elaborado por nossas mãos.
Se desde a nossa concepção até a idade
adulta, pudéssemos rever: nossos dedinhos pequeninos, nossas mãozinhas inseguras,
apoiadas e agarradas nas firmes mãos dos pais... Pouco a pouco se firmando, se
apoiando e se soltando... Provavelmente teríamos orgulho de algumas façanhas:
nossas mãos oferecendo flores a alguém, com presentes, desenvolvendo trabalhos capciosos,
escrevendo, treinando e aprendendo, plantando e cultivando, auxiliando e conduzindo
pessoas a nossa volta, colocando um anel simbólico nos dedos de alguém, preparando
um alimento, lavando louças e roupas, limpando ou cuidando dos labores
domésticos, cuidando de um ferimento, aliviando e confortando alguém.
Mas em contrapartida, de repente surgiriam
cenas bem desagradáveis, das quais se pudéssemos, certamente, as evitaríamos:
mãos acomodadas diante da dor alheia, mãos que retém e tomam mais do que recebem,
mãos que não partilham nem compartilham, mãos egoístas, sorrateiras em
prejudicar e sonegar auxílio ao próximo, mãos que não se compadecem, nem se
sensibilizam, mãos que exigem, cobram ao invés de oferecer...
Quantas coisas boas ou más podemos desenvolver
com nossas mãos, que prerrogativa assustadora é essa que o SENHOR nos conferiu.
Se a cada dia que se encerrasse, pudéssemos
fazer um balanço, visualizando nossas atitudes, revendo tudo o que realizamos;
passássemos uma borracha em tudo o que erramos e acertássemos, endireitássemos
e consertássemos tudo, para evitarmos constrangimentos posteriores.
Sim, porque se deixarmos nossas mãos
entregues à própria sorte, elas simplesmente se transformarão em armas, digladiando
e debatendo-se por poder e conquistas, esganando e estrangulando por sobrevivência,
subtraindo para estabelecer mais domínio, puxando o tapete para passar à
frente, para conquistar mais espaço, seduzindo por simples prazer.
Mas se controladas, oferecidas à serviço do
Mestre, elas se tornarão instrumentos de graça, não apenas ferramentas nas mãos
do Criador, mas as próprias mãos Dele para abençoar e ministrar ao mundo.
"Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas
misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo,
mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de
experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos
12.1,2).
"É da vontade de Deus que, praticando
o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. Vivam como pessoas livres,
mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de
Deus" (1 Pedro 2.15,16).
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