quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Criando raízes


 Ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.

                               1 Pedro 5.10

Para termos um íntimo e produtivo relacionamento com Deus, necessitamos antes de tudo, termos uma iluminação intelectual suficiente para atender a demanda e os questionamentos da nossa mente, convencermos de que podemos e que queremos nutrir esse relacionamento. O SENHOR jamais invade a nossa privacidade, Ele mesmo nos concedeu o livre arbítrio, permitiu-nos até o direito de recusarmos obedecê-Lo e ama-Lo.
Em nossos primeiros passos nessa caminhada, a mais leve brisa ou sombra, aniquilará a nossa confiança. Mas quando nossa convicção é fortalecida, quando tudo se torna claro em nossa mente, aí é só lançarmos nessa empolgante aventura do caminhar cada dia, vivenciar cada momento na companhia e na doce presença do Santo Espírito de Deus: fazemos nossa escolha, descartamos tudo o que é supérfluo e nos colocamos ali, assumindo aquela posição. E consolidamos isto de forma definitiva e bem definida, como a árvore se enraíza e fixa no solo, ou como uma noiva, que diante do altar abre mão de tudo e entrega-se definitivamente ao noivo; assim somos nós, entregues sem reservas e sem voltarmos atrás.
"Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus" (Lucas 9.62).
"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro" (Mateus 6.24).
Logo após adentramos um novo patamar, um novo degrau surge nessa escalada, vem um tempo de firmação, confirmação e prova, durante os quais precisamos manter firmes a nossa posição, até que o novo relacionamento se consolide e solidifique, seja firmado e torne-se um hábito rotineiro e permanente. Sim, semelhante ao procedimento médico diante de uma quebradura, onde o osso a ser restaurado é envolto em talas e ataduras de gesso, para imobiliza-lo, protegê-lo de pancadas e minimizar as vibrações e movimentos. Da mesma forma, nosso caprichoso Cirurgião Divino coloca ataduras espirituais em nós, para manter-nos tranquilos e calmos sem muitos movimentos bruscos, até que nos firmemos e cumpramos os primeiros estágios da fé. É como uma plantinha tenra que necessita de todo o cuidado do jardineiro, do contrário o sol resseca ou a água excessiva a sufoca, bem assim somos nós, totalmente dependentes...
Tudo isso não é nada fácil, mal começamos a engatinhar e já nos sentimos aptos a aventurar uma corrida, mal começamos os primeiros passos e já queremos escalar altos e íngremes montes, somos bem assim inconvenientes, imaturos, intrépidos e destemidos nos arriscamos desnecessariamente e em outros momentos nos acovardamos e agimos timidamente quando a situação requeria de nós apenas firmeza e desenvoltura.
Mas, pacientemente, como um Pai que se delicia com o crescimento do filho:

"O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces. A ele seja o poder para todo o sempre" (1 Pedro 5.10,11).

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