"Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos
nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes".
Lucas 5.5
Suponhamos que estejamos vivendo dias difíceis, extrema
necessidade financeira, nosso orçamento fechando mês a mês no vermelho, não
conseguimos equilibrar nossa balança orçamentária, são juros sobre juros,
contas vencidas e pagas sempre em atraso; alugueis, água, luz, telefone
pendentes. Por mais que tentamos esticar, cada salário é gasto antes de ser
ganho, a escassez se instala e não vemos, como sair dessa roda-viva, que mais
se assemelha a uma bola de neve crescente...
Se ao menos um mês pudéssemos mudar isso, equilibrar o
orçamento, atualizar algumas contas... Uma pequena ajuda, já seria benéfica,
uma luz no fim do túnel, é tudo o que gostaríamos.
Viva!!!! De repente, nossa oração é atendida. Uma bonificação
extra e inesperada, uma meta cumprida dentro do prazo, e vem um dinheiro para
rateio entre os funcionários do setor. Puxa!!! Bem na hora, Deus é mesmo
maravilhoso; finalmente uma pausa para respirar... Obrigado Deus!!!
Começamos então a separar as contas em atraso e selecionarmos
uma após outra: saldar o cartão de crédito, cheque especial, devolver o
empréstimo da sogra, mandar ver o farol queimado, a prestação do carro vencida,
as contas de energia, água, gás, telefone... Ufa!!! Oh...e o dízimo? E as
contribuições?
Ah! Certamente Deus está ciente da situação, e vai entender;
não vai querer que eu dê mais 10% de dízimo, não é? Isto é, já dou todos os
meses, quando posso... com certeza não vai se melindrar se eu usar este
dinheiro em outra coisa, convenhamos...Ele sabe que comigo pode contar, quando
tenho grana, dou mesmo... mais para frente, quando tudo se ajeitar e equilibrar
minhas contas, volto a contribuir normalmente, que mal pode haver?
Mas as Palavras começam a saltar em nossa memória:
"Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os
primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão
plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho" (Provérbios
3.9,10).
Dentro de nossa mente, trava-se uma acirrada batalha, um lado
nos encoraja: Creia, obedeça, obedecer é melhor que sacrificar. O outro diz:
Não seja otário, caia na real, que diferença fará esses míseros trocados, Deus
não faz caso disso, Ele mesmo diz que é dono do ouro e da prata, qual é?
Finalmente uma luz se acende, uma trégua é dada, uma bandeira
branca se levanta, um cheque é preenchido e depositado na salva. Mas ainda
relutante enquanto entregamos, argumentamos: Realmente, não faz sentido, mas
porque tu disseste, SENHOR...
Esquecemos muitas vezes que tudo vem Dele, e que se
providenciou os recursos necessários, pode fazer infinitamente mais do que imaginamos...
"Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que
tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em
nós", (Efésios 3.20).
Esquecemos que Ele nos escolheu, não porque houvesse algum
valor em nós; não pelo contrário, é justamente por nada sermos que a sua
misericórdia nos alcançou, porque quando a glória Dele se manifestar em nós,
todos verão que foi Ele quem agiu, nunca fomos nada mesmo, se observarmos:
"Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados.
Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos
eram de nobre nascimento.
Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar
os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes.
Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as
desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém
se vanglorie diante dele" (1 Coríntios 1.26-29).
Esquecemos também que:
"Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida
quer pela morte; porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro"
(Filipenses 1.20,21).
Quando meditamos no grande amor de Deus para conosco, o que
pode tirar a nossa paz? Algumas continhas vencidas??
"Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de
Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos,
para que também participemos da sua glória.
Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser
comparados com a glória que em nós será revelada.
Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?"(Romanos
8.17,18,35).
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