segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Satanás não tem direitos sobre o justo

Disse então o SENHOR a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal”.

                     Jó 1.8


Toda infelicidade e toda dor que existem neste mundo e afligem a humanidade foram causadas pela desobediência do ser humano a Deus.
O relacionamento entre ambos foi tão afetado pelo pecado que a humanidade está sob maldição, pela própria desobediência.
Entretanto, o pecado não destruiu o amor de Deus pelo ser humano. Deus ainda o ama, cuida dele e lhe dá provisão e proteção constante.
Se o nosso relacionamento com Deus é de amor, de obediência e confiança, e mesmo assim passamos por dificuldades, provações, dor, sofrimento e tragédia, então temos que procurar uma razão escondida por trás desse cenário, algo que não conseguimos ver com os olhos naturais.
O relato bíblico das múltiplas provações de Jó não apenas oferece uma resposta dramática às nossas questões, como também torna essa resposta relevante para as dificuldades de nossa vida.
A história de Jó lança luz sobre a razão do sofrimento dos justos. Uma olhada para ele revelará um dos maiores mistérios do mundo: por que Deus permite que seus servos sofram.
Para começar, Jó não era um homem comum. Era um indivíduo muito conceituado. Possuidor de riquezas, prosperidade, muitos bens e uma ótima família.
E, mais importante, era um homem piedoso e temente ao Senhor.
Jó foi provado por meio das circunstâncias da própria vida, assim como você e eu. Todos nós somos provados pelas circunstâncias da vida. Por trás de toda situação, toda prova, existe uma razão. Freqüentemente, não somos capazes de ver ou compreender essa razão pelos sentidos naturais.
O ser humano não vive em um único mundo, vive simultaneamente em dois mundos: o material e o espiritual, ambos são reais.
As provações de Jó nas circunstâncias de sua vida aconteceram no plano espiritual e material, assim como ocorre conosco. Ele foi provado no mundo natural, em seu corpo e sua alma, no plano material, mas a sua maior provação foi no mundo espiritual, em sua fé.
As provações de Jó surgiram tão rapidamente e com tanta fúria que, antes que ele conseguisse se recobrar de um golpe, outro era desferido. Foi impressionante. No mundo natural, os efeitos foram devastadores. Em meio a tudo, porém, houve uma coisa que Jó nunca perdeu: A FÉ EM DEUS.
"Em tudo isso Jó não pecou e não culpou a Deus de coisa alguma" (v. 22).
Jó sabia que a sua vida consistia em mais do que via ou possuía. Ele tinha confiança em Deus. À certa altura, confessou que não podia ver Deus; não o podia sentir, mas estava tudo bem, porque Deus conhecia o caminho por onde ele andava; se o pusesse à prova, apareceria como o ouro (23.10).
Jó foi um pioneiro que abriu caminho para nós. Ele não via as razões ocultas no assédio de Satanás, mas foi do agrado de Deus tirar o véu das Escrituras para nos deixar ver o que acontecia nas regiões celestiais, por trás do cenário das provações desse justo. Jó estava tendo as suas lutas no plano natural, mas eram decorrentes de uma batalha no plano espiritual. O que ocorria nos bastidores era um confronto direto entre Deus e Satanás, tendo Jó como objeto de disputa. Fica claro que até o inimigo pode ser usado por Deus para o nosso aprendizado e ele só vai até onde o SENHOR permite.

Jó é o nosso exemplo. E, quando ele levantou o escudo da fé diante dos ataques de Satanás, então contemplou a vitória: "O SENHOR abençoou o final da vida de Jó mais do que o início" (Jó 42.12). Como pessoas, justificadas por Cristo, quando depositamos nossa confiança inteiramente em Deus, nosso Redentor, podemos também ver sua mão trabalhar sobre as nossas circunstâncias.

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