terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O Senhor avalia o espírito

Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o Senhor avalia o espírito.

                           Provérbios 16.2

Desde de a antiguidade a maioria das pessoas crêem em bênçãos e maldições. Balaque e os moabitas, por exemplo, queriam que Balaão, o mágico, usasse sua suposta influencia com o Deus de Israel, para amaldiçoar os israelitas, e interromper-lhes o progresso para Canaã.
Mas, observamos que Deus avalia tanto os motivos como as ações. As inclinações do coração de um indivíduo, como o desejo de obter poder e dinheiro de Balaque e de Balaão, eventualmente são reveladas, independentemente do disfarce exterior usado, mas diante de Deus tudo é claro e patente.
Nosso caráter demonstra o que realmente somos, comparado ao que parecemos ser. Podemos parecer generosos, mesmo quando em nosso coração somos avarentos.
Usamos a palavra “virtude” para designar o que é “bom caráter”, os antigos gregos a usavam para indicar “excelência”. Os gregos distinguiam quatro virtudes principais:
1.  Discernimento - a percepção, leitura da circunstância, do momento presente. Sem discernimento tomamos decisões incorretas, escolhas erradas. Em grande escala, a falta de discernimento ocasiona conflitos, desencontros, desavenças, guerras...
Essa virtude é a essência do conselho de Paulo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).
2.  Coragem – é a força necessária para agir certo mesmo com prejuízo próprio, mesmo quando as circunstâncias são tentadoras, e ninguém está vendo, ou as conseqüências são dolorosas e tendemos a atenuar, aliviar para poupar-nos em detrimento de outros.
“Somente seja forte e muito corajoso!” (Josué 1.7)
É fácil ser mãe quando o bebê sorri satisfeito após o café da manhã; mas é preciso coragem para ser mãe quando a criança sofre de uma deficiência progressiva e irreversível, incurável. É preciso coragem para ser pai quando o filho só pode proporcionar tristeza, dor e vergonha para a família...
Coragem é a capacidade para agir bem face ao perigo que lhe ameaça a vida, a segurança, o futuro, as coisas que lhe são queridas. O antigo Testamento é uma sinfonia de variações a coragem.
“Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno” (Mateus 10.28).
3.  Temperança – administrar, controlar, reger, ser capaz de orquestrar tudo o que vai dentro de si. Uma pessoa moderada não se deixa influenciar pelas circunstâncias, as substâncias, outras pessoas, antes entrega a Deus o controle e em troca, aceita a responsabilidade genuína como um desafio do SENHOR.
Como os demais dons do Espírito, a temperança precisa ser praticada, a fim de não ser perdida.
"Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade" (Provérbios 16.32).
4.  Justiça – a pessoa com senso de justiça determina nunca favorecer alguém em detrimento de outro, rejeita sempre o suborno, não se corrompe, não se vende.
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Miquéias 6.8).


Quais dessas virtudes precisam ser fortalecidas em nós, qual é o testemunho que Deus tem dado sobre nós? Quando nos apresentarmos perante Ele, não nos questionará sobre o quanto fomos felizes aqui, mas nos perguntará que tipo de pessoas fomos, como administramos os dons e as dádivas que Ele confiou em nós? Pensemos a respeito, ainda há tempo!

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