terça-feira, 10 de julho de 2018

Maturidade espiritual


Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre.

                                       2 Pedro 3.18

Se bem atentarmos, uma das mais tendenciosas fontes de dúvidas usadas pelo inimigo, já é introduzida nos primeiros capítulos de Gênesis.
O próprio Satanás suscita em Eva a dúvida contra Deus, e faz com que ela questione a Sua santa e inerrante Palavra:
"Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim... Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3.1,4,5).
Ele tentou até mesmo fazer com que Jó, no auge da dor e do sofrimento, blasfemasse contra Deus:
"Estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face" (Jó 1.11).
Em todo o tempo ele busca uma maneira de peneirar, cirandar, devorar os cristãos:
"Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça" (Lucas 22.31,32).
"Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar" (1 Pedro 5.8).
E disso pode se entender que o inimigo busca de todas as formas uma maneira de desestimular, enfraquecer, anular, o compromisso que temos com Deus e o nosso testemunho perante os incrédulos. Uma das armas usadas por ele é suscitar, despertar, introduzir a dúvida em nossa mente.
O espírito coletivo que impera no mundo é outra fonte de dúvida. Uma vez que ele tem o seu próprio conjunto de valores e objetivos, todos antagonicamente opostos a Deus, o mundo possui sua própria sabedoria:
"Falamos de sabedoria entre os maduros, mas não da sabedoria desta era ou dos poderosos desta era, que estão sendo reduzidos a nada" (1 Coríntios 2.6).
Esta sabedoria mundana está diretamente em oposição à sabedoria divina disseminada pelo Espírito Santo:
..."Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais" (1 Coríntios 2.13).
Ela é claramente revelada, divergindo e diferindo totalmente, por exemplo, da teoria evolucionista da criação do homem:
"Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há.
No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara...
Esta é a história das origens dos céus e da terra, no tempo em que foram criados... Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente" (Gênesis 2.1,2,4,7).
"Diante de Deus, que a tudo dá vida...Evite as conversas inúteis e profanas e as idéias contraditórias do que é falsamente chamado conhecimento"; (1 Timóteo 6.13,20).
A bem da verdade, a maior fonte de dúvidas que nós cristãos enfrentamos e que nos assediam é, possivelmente, a nossa própria imaturidade espiritual. Mesmo cientes de que pouco tempo nos resta, pois nos encontramos na iminência do retorno do nosso Mestre e SENHOR ainda nesta geração, mesmo assim ainda somos tímidos, pequeninos, imaturos na fé.
O apóstolo Tiago associa a dúvida na oração, ao ânimo dobre e à inconstância:
"É alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz"
(Tiago 1.8).
Já o apóstolo Paulo afirma que os cristãos que duvidam da doutrina, são crianças na fé, que são facilmente enganadas:
"O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo" (Efésios 4.14,13).
E para fazermos face e vencermos essa imaturidade exige de nós um esforço, uma disciplina crescente e obediente em nosso íntimo relacionamento com Deus, Ele é quem efetua em todos o querer e o realizar: "Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele" (Filipenses 2.13).
"Guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam" (2 Pedro 3.17).
"O meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos" (Hebreus 10.38,39).

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