"Senhor, tu sabes todas as
coisas".
João 21.17
Um homem em visita a uma escola de crianças
surdas-mudas, testava seus conhecimentos, escrevendo questões no quadro para
que respondessem. Em dado momento, escreveu a seguinte pergunta:
"Por que Deus me criou com capacidade para
ouvir e falar e a vocês Ele fez surdos-mudos"?
A terrível pergunta os atingiu como um
golpe certeiro no próprio rosto dos pequeninos – todos ficaram atônitos,
paralisados, estupefatos, perplexos ante o espantoso "Por quê"? – De repente,
quando ninguém mais esperava algum tipo de reação provinda deles, a não ser o
próprio constrangimento geral, uma menina timidamente levantou-se.
Ao levantar-se, a palidez de seu rosto deu
lugar ao rubor, seus lábios tremiam, e seus olhos brilhavam contendo as
lágrimas – mas, dirigiu-se com firmeza até ao quadro e, tomando o giz, escreveu
com mão segura:
"Assim fizeste, ó Pai, porque assim foi do
Teu agrado"!
Que resposta! Quanta perspicácia, quanta
lucidez provinda de uma simples adolescente! Esta resposta alcança uma verdade
eterna sobre a qual nivela, iguala e equipara tanto o cristão maduro, vivido e
experimentado como o mais recente e o mais novo filho de Deus; todos podemos
igualmente descansar, abrigar e apoiar nessa convicção de que Deus é o SENHOR, o
Criador, o Pai, o Soberano que sabe e conhece o porquê de todas as coisas. E
nem tudo está claro, patente e revelado a nós, mas ainda que não tenhamos nem
saibamos todas as respostas, Ele permanece sendo Deus e SENHOR absoluto sobre
tudo e sobre todos, indistintamente.
E quando obtemos essa convicção e certeza,
então a nossa fé não precisa mais vaguear errante, como pássaro em busca de um
apoio seguro onde pousar, mas descansa e repousa para sempre nessa verdade, que
torna-se nosso eterno abrigo de paz – "Nosso Pai" - onipotente, onipresente, sempre atento,
sempre alerta, que nos sonda, guarda e cuida de nós...
Quem sabe, haverá um dia em que
entenderemos todos os porquês não respondidos e mesmo aqueles em que nunca
ousamos questionar, tão embaraçosos julgamos; - o dia em que as adversidades, diferenças,
lutas, desavenças, tragédias que agora enfrentamos, que nos afrontam,
tornam-nos tão inferiorizados e anuviam o nosso céu, se encaixarão em seus nichos,
seus devidos lugares, como parte de um grande quebra-cabeça de muitas peças,
como parte de um plano tão magnífico, tão esplendido, estupendo,
extraordinário, pleno de regozijo; em que exultaremos surpreendidos de admiração,
alegria, êxtase e prazer real.
"Quando você orar, vá para seu quarto,
feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no
secreto, o recompensará" (Mateus 6.6).
"Mas o Pai celestial
sabe..."(Mateus 6.32).
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