Ao cair da tarde, os discípulos
aproximaram-se dele e disseram: Este é um lugar deserto, e já está ficando
tarde. Manda embora a multidão para que possa ir aos povoados comprar comida.
Respondeu Jesus: Eles não precisam ir. Dê-lhes
vocês algo para comer.
Eles lhe disseram: Tudo o que temos aqui
são cinco pães e dois peixes.
Tragam-nos aqui para mim, disse ele. E
ordenou que a multidão se assentasse na grama. Tomando os cinco pães e os dois
peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, deu os
aos discípulos, e estes à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os
discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. Os que
comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
Mateus 14.15-21
Não há limites para o agir de Deus quando se
trata de nos favorecer. Somos limitados apenas pelo nosso fracasso em enxergar,
crer, esperar e aprender a depender da sua provisão.
No texto em estudo, vemos a descrição de
uma grande necessidade. Uma multidão de cinco mil homens, além de mulheres e
crianças, seguira Jesus até o deserto, estavam cansados e famintos, e nada havia
para comer.
Ao meditar nessa conhecida passagem,
pensemos nas carências que temos na vida — as necessidades básicas de nossa
família e de nosso ministério – o sufoco que passamos muitas vezes com os
nossos regrados e parcos recursos.
Jesus e os discípulos estavam diante de uma
grande necessidade. A multidão precisava alimentar-se, e eles não tinham
recursos suficientes. Filipe disse a Jesus: "Duzentos denários não
comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço!" (João
6.7).
Um denário equivalia ao salário de um dia.
Seriam necessários oito meses de trabalho para comprar pão que matasse a fome
de toda aquela gente.
Os discípulos reagiram diante de tal
necessidade dizendo a Jesus que mandasse as pessoas embora - queriam dispensar
o povo porque estavam enxergando apenas a impossibilidade da situação, estavam
limitados aos recursos naturais.
Vejamos a reação de Jesus - O Mestre sabia
que, com os recursos naturais, eles não teriam o suficiente para alimentar mais
de cinco mil pessoas. Entretanto, ordenou aos discípulos que providenciassem
comida assim mesmo. Por quê? Para testar a fé deles.
Podemos ver que todos os recursos
celestiais estavam à disposição de Jesus. Ele não possuía nenhuma riqueza
terrena e, no entanto dispunha de abundância para satisfazer todas as suas
necessidades. Não confiou nos recursos limitados deste mundo, mas buscou a
provisão sobrenatural do Pai, sabendo que Deus iria suprir aquela carência de
maneira milagrosa. Jesus afirmou: Não há necessidade de mandar embora essa
gente faminta e insatisfeita. Façamos uso do suprimento ilimitado do Pai.
Quando enfrentamos uma necessidade que aos
olhos dos homens pareça impossível solucionar, será que reagimos igual aos
discípulos, considerando apenas os recursos naturais, em vez de buscar o
suprimento sobrenatural de Deus?
Observemos atentamente que, em nossos
períodos de extrema necessidade, Deus se valerá de qualquer coisa que tenhamos
e lhe apresentemos e a multiplicará para nos dar o que precisamos. Como foi com
o azeite da viúva pobre.
André disse a Jesus: "Aqui está um
rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta
gente?" (João 6.9). Jesus não estava nem um pouco preocupado. Ele sabia
exatamente o que estava para fazer. Não deixaria que os discípulos limitassem a
Deus por causa dos escassos recursos que possuíam nem que confiassem apenas
nesses recursos.
Em vez de despedir o povo por não ter como
alimentá-lo. Jesus pediu que todos se assentassem. Tomou nas mãos o que o
garoto possuía – os pães e os peixes — ergueu os olhos para o céu, abençoou o
alimento e entregou-o aos discípulos para que o distribuíssem ao povo.
Deus concedeu-lhes suficiência – multiplicou-os
para satisfazer uma grande necessidade. Eles tiveram o bastante para alimentar
a todos até se fartarem e ainda recolheram muitas sobras: doze cestos cheios!
Os cinco pães e os dois peixes representam
os nossos escassos e comedidos recursos. Ao avaliar nossa pequenez,
insignificância, o nosso restrito orçamento, podemos chegar à conclusão de que
é insuficiente até mesmo para satisfazer a necessidade de nossa família. Ao
considerar a nossa singela contribuição, as nossas pequeninas ofertas para a
obra de Deus, podemos pensar: "Como esta pequena contribuição poderá
ajudar a evangelizar o mundo?".
O rapazinho simplesmente entregou os cinco
pães e os dois peixes a Jesus. O Mestre tomou-os, agradeceu a Deus por sua
provisão e MULTIPLICOU-OS, de modo que cinco mil pessoas puderam comer até se
fartarem. E não apenas isso: houve ainda uma SUPERABUNDÂNCIA, pois foram
recolhidos doze CESTOS com sobras!
Se queremos que Deus multiplique os nossos
recursos de maneira a suprir todas as nossas necessidades — e com sobra - É só atentarmos e praticarmos
o exemplo da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixes que alimentou uma
multidão de cinco mil pessoas - mostra claramente o tipo de milagre que ocorre
quando vivemos dependentes da provisão de Deus.
Ao apresentarmos o que temos a Deus,
cientes de que tudo o que temos vem Dele, e crendo na sua provisão; Ele multiplica
os nossos recursos e nos concede abundância mais que necessária. Se ofertarmos algo ao Senhor, com pureza de
alma, sem segundas intenções, podemos esperar esta mesma abundância.
"Cada um dê conforme determinou em seu
coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.
E Deus é poderoso para fazer que lhes seja
acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo
tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra"(2 Coríntios
9.7,8).
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