Serei como orvalho para Israel;
Oséias 14.5
O orvalho é uma fonte de refrigério, provisão da natureza para renovar, revitalizar a terra, suas gotículas caem durante a
madrugada e sem ele a vegetação perece. Apesar de seu grande valor muitos dos
jovens hoje nem sabem da sua existência e ignoram totalmente a sua importância,
embora o orvalho seja reconhecido e citado muitas vezes nas Escrituras.
Na Palavra ele simboliza o refrigério
espiritual – assim como a natureza é banhada pelo orvalho que a revigora e
refresca, da mesma forma o SENHOR renova o Seu povo.
O apóstolo Paulo lá na epístola a Tito,
segue o mesmo raciocínio de refrigério espiritual ligando-o ao pensamento da
renovação do Espírito Santo:
"Devido à sua misericórdia, ele nos
salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou
sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador" (Tito
3.5,6).
É triste constatar que muitos de nós
cristãos, ignoramos e não reconhecemos o valor, a importância do orvalho
celeste em nossas vidas, e por conta disso, acaba por faltar-nos o frescor e a
vitalidade característica inerente dos cristãos - resultando em espírito desfalecido,
murcho, por falta do orvalho celestial.
De maneira simplista poderíamos dizer da
falta de propósito que seria um operário braçal passar seu dia de jornada
diária sem comer, sem ingerir sua refeição – da mesma forma é também descabida
loucura um cristão querer servir a Deus, sem ingerir o maná celeste. E assim
como não podemos viver sem o alimento diário, não basta recebermos o alimento
celestial esporadicamente – é fácil reconhecermos quando estamos energizados e
revigorados espiritualmente e quando nos sentimos exaustos, exauridos,
debilitados e desgastados. A quietude, a introspecção são atitudes benéficas e
propícias para a absorção, para recebermos o orvalho celeste.
Observemos como à noite, quando a vegetação
parece repousar e que seus poros se dilatam esperando receber o banho
refrescante, regenerador, revitalizante; assim, desta forma, na quietude aos
pés do SENHOR, recebemos do orvalho espiritual – aquietemos todos os nossos
sentidos, calemos nossas vozes indagadoras, deixemos toda a pressa, para que
nada nos impeça de receber os benefícios do orvalho – esperemos demoradamente
diante de Deus, até nos encharcarmos, até que estejamos impregnados da Sua
presença, até que Seu Santo Espírito se apodere de nós – só então estaremos
aptos, prontos para servir ao Rei, na plena convicção e certeza de que fomos revigorados
e revitalizados por Ele.
O orvalho não cai na presença do calor ou
do vento, é necessário acalmar o vento, baixar a temperatura, é no ar fresco e calmo
na quietude da madrugada – para que se produza e se desprenda suas invisíveis
partículas de umidade para regar a terra – como se um regador lá do céu entornasse
de mansinho sobre a terra sedenta – de igual modo, a graça do SENHOR não produz
refrigério a nós, nem podemos absorve-la ou observa-la, enquanto estivermos nos
debatendo em nossas inquietações e conflitos interiores.
"Aquietai-vos e sabei que eu sou
Deus" (Salmos 46.10).
"Cale-se diante dele toda a terra";
(Habacuque 2.20).
"Descanse somente em Deus, ó minha
alma; dele vem a minha esperança. Confiem nele em todos os momentos, ó povo;
derramem diante dele o coração, pois ele é o nosso refúgio" (Salmos
62.5,8).
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