Tu permaneces.
Hebreus 1.11
Há muitos corações solitários – há lares
onde a alegria se calou, emudeceu para sempre e a lareira em seu crepitar
silencioso, é o único som festivo que denota algum tipo de vida remanescente. E
os que se assentam e se aquecem junto dela, ao lado de cadeiras vazias, mais careciam
de calor humano e companhia. Lembranças felizes fazem as lagrimas brotarem – há
sempre pessoas cercadas de conforto, mas rodeadas de completa solidão.
Quem dera pudéssemos adentrar cada lar
solitário, visitar cada coração entristecido e penetrar no âmago da dor latente
de cada ser e segredar que há um Ser invisível, mas perceptível ali mesmo ao
seu alcance, pronto a estender-nos a mão e nem tomamos consciência da Sua
presença... Quantas bênçãos perdidas, tantas lágrimas derramadas por ignorarmos
e desconhecermos esse fato.
Nossas circunstancias, as condições físicas
e climáticas, nossos sentimentos e predisposição; chuvas, neves, garoas,
neblinas; noites mal dormidas, problemas insolúveis; todas estas coisas influem
diretamente em nossa disposição e parecem um complô orquestrado para obscurecer
completamente nossa percepção.
Mas há algo mais profundo e mais elevado do
que "tomar consciência", independe de condições e circunstancias exteriores,
perdura, resiste e permanece – é o reconhecimento pela fé, daquela doce
Presença invisível, mas real, maravilhosa, forte, poderosa, tranquilizadora,
que atenua e suaviza qualquer dor, que acalma qualquer tempestade e aquece todo
o frio...
Basta reconhecermos e tomarmos consciência
pela fé da Presença do SENHOR e Mestre Jesus onde nos encontramos, como um fiel
companheiro, um amigo querido que nos quer bem e se importa conosco; mesmo
quando nos tornamos indesejáveis, inconvenientes, evitados, esquecidos e abandonados por
todos, Ele nunca nos rejeita ou nos deixa só – isto é reconfortante para os
solitários corações que sofrem e choram, independentemente das circunstancias,
motivos ou razões das lagrimas e do sofrimento – Ele tem a solução.
"Será que uma mãe pode esquecer do seu
bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se
esquecer, eu não me esquecerei de você"! (Isaías 49.15).
"Eis que estou convosco todos os dias,
até o fim dos tempos" (Mateus 28.20).
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