terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Nas mãos do Criador


Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele nos feriu, mas sarará nossas feridas.

                                   Oséias 6.1

“Eu vi o arado sulcando a terra, e meditei: - a vida é como um campo sob o olhar perspicaz do SENHOR;
- Onde irá crescer o precioso grão? – Onde, a fé e a esperança?
- Onde, o amor e a compreensão?
- No sulco aberto pelo arado da dor”...
Há ocasião em que cada um, individualmente tem seu momento na escola da adversidade, uns mais intensamente, outros de forma mais branda, leve, amena, sorrateira; porém todos igualmente estamos integrados na escola de Deus.
Os sonhadores, introspectivos e absortos nos pensamentos afirmam: -“Bendita é a noite, pois nos torna nítida as estrelas”! Porém, os mais ousados, intrépidos e já mais avançados e experimentados no aprendizado podem dizer: - “Bendito é o sofrimento, pois nos torna nítidas as consolações de Deus”!
Seu João, velho caboclo, matuto, viúvo e sem filhos, esquecido no sertão; assistia com lágrimas nos olhos as enchentes arrastar seu ranchinho com todos seus pertences e seu moinho, feito por suas próprias e calejadas mãos, tudo o que o pobre homem conseguira conquistar ao longo de sua existência... Mas enquanto buscava abrigo sob as árvores, e assistia a cena fúnebre da sua miséria, enquanto as águas cediam, escoavam e baixavam; com o coração partido pela dor da perda irreparável, desanimado e sem nenhuma esperança... De repente ele viu algo brilhando nos barrancos desnudos pelas águas violentas das enxurradas... Secando as lágrimas, assoando o nariz, aproximou-se confuso e embasbacado: - “Parece ouro”!, disse para si mesmo. E realmente era ouro. A enchente que o havia deixado pobre, era a mesma que o tornara irremediavelmente rico.
E essa cena se repete e acontece de variadas maneiras e em diferentes vidas e momentos e circunstancias, basta que estejamos atentos, alertas e que tenhamos os olhos e os sentidos abertos para percebermos o agir de Deus.
"Darei a você os tesouros das trevas, riquezas armazenadas em locais secretos, para que você saiba que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que o convoca pelo nome" (Isaías 45.3).

"Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos"! (Romanos 11.33).

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