Vocês não sabem que a amizade com o mundo é
inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.
Tiago 4.4
João Batista não teria um ministério de
sucesso entre nós atualmente. As igrejas de hoje não o incluiria no seu quadro
de pregadores. Mesmo na sua época, ele já era uma pedra no sapato da sociedade,
um problema para as relações públicas. Não era uma figura amistosa, nem bem quista pelos elitizados. Andava vestido de pelos de camelo, com um cinto de
couro rústico ao redor de seus ombros, que prendiam ao corpo sua veste. Sua
dieta era bizarra: gafanhotos e mel silvestre faziam parte de seu cardápio (Marcos 1.6). Quem o convidaria para um evento, quem iria ter prazer em ouvi-lo
e vê-lo num púlpito, numa manhã de domingo?
Certamente a sua mensagem era tão rude,
bruta, grosseira quanto seus trajes; apontava as falhas, os erros, expunha os
pecados e convocava as pessoas ao arrependimento; preparava o caminho porque o
Reino de Deus se aproximava, o tempo urgia.
Instintivamente ou mesmo guiado pelo
Espírito Santo, João Batista separou-se do mundo para uma missão específica.
Dedicou sua vida inteiramente ao seu propósito, preparar o caminho para o Messias;
tudo o que praticava, como se vestia, como agia ou reagia, o que dizia ou
comia, visava apenas atingir sua meta. Era sua maneira de cumprir o seu papel,
chocar a sociedade, chamar a atenção, causar impacto, desde que conseguisse
fazer-se ouvir.
Aprendemos com ele, que para fazer a
diferença no mundo e muda-lo, não necessitamos nos equipararmos, nem nos
tornarmos iguais aos demais. Para anunciarmos e trazermos o entendimento da Palavra,
não precisamos agir, nem fazer o que aqueles que necessitamos atingir e
alcançar praticam. Santidade sugere separação, visa sermos tal e igual a Deus,
e não igual ao mundo e o que nele há.
"Digo-lhes a verdade: Entre os
nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista"; (Mateus
11.11).
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