Descanse somente em Deus, ó minha alma;
dele vem a minha esperança.
Salmos 62.5
O descaso demonstrado diante das bênçãos resultantes
de nossas petições, revela quão relapsos e desorientados, somos em nossas orações.
O agricultor trabalha incansavelmente até obter a colheita, não se dá por
satisfeito enquanto a lavoura não trás o resultado do seu plantio; o atirador
observa, regula, acerta sua mira e confere se a bala atingiu o alvo; o médico
aguarda pelo resultado produzido no procedimento que aplicou ao paciente; o piloto
não desiste do voo até aterrissar no seu destino final; por que então não se
importará o cristão com o efeito produzido por sua oração?
Sabemos que as orações, realizadas com fé, segundo
o querer de Deus, debaixo de Suas promessas, na influência e direção do
Espírito Santo e em Nome do SENHOR Jesus, por bênçãos temporais ou eternas,
terrenas ou espirituais, serão plenamente respondidas.
Deus atende às petições do Seu povo,
realizando o que melhor contribuirá para a Sua glória e para o benefício
espiritual e eterno dos Seus.
"E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8.28).
Da mesma maneira como o Mestre Jesus nunca
rejeitou ao pecador que o Pai conduz até Ele; reconhecendo sua real condição,
necessitando perdão, graça e misericórdia; também cremos que nenhuma oração
feita com um coração quebrantado, e em Seu Nome será vã.
"Todo o que o Pai me der virá a mim, e
quem vier a mim eu jamais rejeitarei" (João 6.37).
"Os sacrifícios para Deus são o
espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó
Deus" (Salmos 51.17).
"Eu lhes asseguro que meu Pai lhes
dará tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu
nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa" (João
16.23,24).
A resposta à oração é certa, mas na maioria
das vezes, não conseguimos discerni-la, estamos tão agitados, entretidos com as
vitrines e holofotes do mundo, que deixamos de apreciar ou mesmo observa-la em
nossas vidas. Tornamos-nos ingratos, deixamos de agradecer ao Criador as
grandes dádivas que Ele tem derramado abundantemente sobre nós, mesmo quando
nem pedimos ou oramos por elas.
Saibamos que as sementes que atiramos ao
solo no inverno, aprofundam suas raízes, com expectativas de germinar, florescer
e frutificar, embora leve algum tempo até seus tenros brotos surgirem na
superfície do solo e pareça que está adormecida ou morta no silencio da terra;
precisamos confiar e esperar pelo seu ciclo e tempo certo.
As respostas demoradas à nossas orações,
não apenas provam e consolidam nossa fé, como nos dão oportunidade de honrar a
Deus por nossa firme confiança Nele, mesmo diante das aparentes recusas. (C. H.
Spurgeon).
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