quarta-feira, 4 de março de 2015

Rei dos Tolos

“Disse o néscio em seu coração: Não há Deus”

                      Salmos 14.1

O coração é o centro da razão e das decisões do homem,
“Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele (Provérbios 23.7).
A palavra néscio, tolo, ou insensato, origina-se da palavra “Nabal”, que significa “perversidade moral”. O sentido original do texto não é dizer “o homem é estúpido”. Não justifica, pois, já fomos à lua, transplantamos corações, clonamos seres, fabricamos aviões e automóveis, dominamos o poder do átomo – realmente não somos assim "tão" estúpidos. Davi também sabia disso, e escolheu a palavra perfeita para falar daqueles que são “moralmente perversos”.
Os atributos inerentes à palavra Deus aqui, não é o termo normalmente usado, Jehowah, mas El Jehowah, que se refere ao Deus da aliança, o Deus que realiza, que efetua por nós. El se refere ao Deus Todo-Poderoso, o Deus da Autoridade, Aquele que governa tudo, o Juiz, Aquele que promulga a lei. A escolha de determinadas palavras por Davi revela que os seres humanos não mudaram, ainda hoje é mesmo assim: não queremos conhecer um Deus exigente, queremos liberdade para praticar nossos pecados sem qualquer impedimento ou constrangimento.
Acontece que o conceito que temos de Deus é determinante para o nosso modo de viver. Se imaginamos Deus como um “serviçal do céu” de tempo integral, pronto a atender e responder ao estalar dos dedos, viveremos uma vida cristã frouxa, morna, inexpressiva e sem amor. Deus não é um serviçal, e também não é um “vovô coruja” permissivo que sorri a cada travessura de seus netos, sempre pronto a dizer “amém”. Ele é O Deus de paciência e poder, O Deus de compaixão, misericórdia, mas também de justiça e certamente de correção. Diversos atores e artistas rotulam Deus como “Alguém lá em cima que gosta de nós”. Isto é bem verdade, mas Ele também exige que apresentemos nossos corpos em “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Romanos 12.1). Não somos nossos donos, fomos comprados por um preço por demais elevado. Aqueles que pregam o amor de Deus sem a disciplina e a correção Dele estão pregando uma heresia humanista. Paulo ensina que, se não passamos pela correção, então não somos filhos legítimos de Deus (Hebreus 12.5-8).
"Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem" (Provérbios 3.11-12).
O tolo tem uma fé distorcida. O ateu diz: Não creio em nada! Grande inverdade. Um homem que diz não crer em nada ainda assim crê em alguma coisa, pois é preciso ter fé para ser ateu. Ele acredita que Deus não é nada, ou que é fruto de imaginação dos frágeis; crê que oração é uma perda de tempo, que o céu é um mito, que a morte é uma existência inconsciente eterna e que esperar por um amanhã melhor é fraqueza. O agnóstico por sua vez foi seduzido pelo deus deste mundo para crer em coisas erradas e distorcidas.
O tolo nega a criação. A Bíblia inicia-se com a solene declaração: “No princípio criou Deus” (Gênesis 1.1). Sem Deus não há criação, vida, redenção, livramento, cura ou esperança.
"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra,...porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas....De um só fez ele todos os povos,...nele vivemos, nos movemos e existimos"(Atos 17.24,25,26,28).
Paulo diz que podemos conhecer a Deus pelas coisas que Ele criou (Romanos 1.20). 
Olhemos para nosso universo infinito, com uma organização harmoniosa e uma estrutura que trabalham juntas em perfeito sincronismo. O insensato crê que este planeta magnífico em que vivemos é um subproduto de um acidente ecológico. Somente um tolo ingênuo pode crer que, há bilhões de anos, o sol brilhou sobre um lago e a vida surgiu timidamente na água, e que esta forma de vida desenvolveu pulmões e pernas e começou andar sobre a terra, e foi transmutando em uma gama infinita de outras formas de vidas. Por fim esse ser começou a subir em árvores e ficou pendurado pela cauda. Convenhamos, somente um tolo pode crer nisso.
O insensato nega a história. Daniel pediu a Deus que lhe mostrasse o exército das nações que viriam sobre a face da terra; Deus lhe deu uma visão das nações na exata ordem em que elas surgiriam, a personalidade de seus líderes e os métodos militares de conquista (Daniel 2.7). Como foi possível saber disso centenas de anos antes de os fatos ocorrerem, ou os protagonistas terem vida ao menos? Uma coincidência? Dificilmente. Há um Ser Supremo, o Deus único, Sempiterno, sentado em seu trono, e Ele eleva e derruba reis e homens, a um abate e a outro exalta.
A história de Israel prova que Deus reina. O povo escolhido de Deus foi espalhado sobre quatro continentes e seis civilizações. Eles sobreviveram à perseguição das Cruzadas, à Inquisição e a Hitler. A nação de Israel mostra que Deus continua ainda hoje a proteger o seu povo.
O tolo ignora a ressurreição. A tumba de Jesus está vazia. Por quê? Porque Ele está assentado à direita do Pai. Ele está vivo, Ele é real e virá outra vez em poder e grande glória (Mateus 24.30).
Sabemos que Ele é real porque podemos senti-lo no profundo de nossas almas. No jardim do Getsêmani, no vale da sombra da morte, quando as tempestades da vida batem à nossa porta, quando os fardos tornam–se insuportáveis, sabemos que Ele está conosco, nunca nos deixa sós.
Receba, convide o SENHOR Jesus a tornar-se seu Senhor e Salvador, confesse-o com sua boca. Ele afirma: “para que todo aquele que nele crê não pereça. Mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (João 3.16-17).
Há um único Deus. Ele é Onipotente, Onisciente e Onipresente, Santo, Eterno, Soberano, Imutável, é nosso Pai de Amor, Graça e Misericórdia é o Criador dos céus e da terra e de tudo o que neles contém. Ele é Rei dos reis e SENHOR dos senhores. Ele virá outra vez em grande poder e glória.

Seremos tolos ou estaremos prontos para esse encontro?

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