“Disse o néscio em seu coração: Não há Deus”
Salmos 14.1
O coração é o centro da razão e das decisões
do homem,
“Porque, como imaginou no seu coração, assim
é ele (Provérbios 23.7).
A palavra néscio, tolo, ou insensato,
origina-se da palavra “Nabal”, que significa “perversidade moral”. O sentido
original do texto não é dizer “o homem é estúpido”. Não justifica, pois, já
fomos à lua, transplantamos corações, clonamos seres, fabricamos aviões e automóveis,
dominamos o poder do átomo – realmente não somos assim "tão" estúpidos. Davi
também sabia disso, e escolheu a palavra perfeita para falar daqueles que são “moralmente
perversos”.
Os atributos inerentes à palavra Deus aqui,
não é o termo normalmente usado, Jehowah, mas El Jehowah, que se refere ao Deus
da aliança, o Deus que realiza, que efetua por nós. El se refere ao Deus
Todo-Poderoso, o Deus da Autoridade, Aquele que governa tudo, o Juiz, Aquele
que promulga a lei. A escolha de determinadas palavras por Davi revela que os
seres humanos não mudaram, ainda hoje é mesmo assim: não queremos conhecer um
Deus exigente, queremos liberdade para praticar nossos pecados sem qualquer
impedimento ou constrangimento.
Acontece que o conceito que temos de Deus é
determinante para o nosso modo de viver. Se imaginamos Deus como um “serviçal
do céu” de tempo integral, pronto a atender e responder ao estalar dos dedos,
viveremos uma vida cristã frouxa, morna, inexpressiva e sem amor. Deus não é um
serviçal, e também não é um “vovô coruja” permissivo que sorri a cada
travessura de seus netos, sempre pronto a dizer “amém”. Ele é O Deus de
paciência e poder, O Deus de compaixão, misericórdia, mas também de justiça e
certamente de correção. Diversos atores e artistas rotulam Deus como “Alguém lá
em cima que gosta de nós”. Isto é bem verdade, mas Ele também exige que
apresentemos nossos corpos em “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”
(Romanos 12.1). Não somos nossos donos, fomos comprados por um preço por demais
elevado. Aqueles que pregam o amor de Deus sem a disciplina e a correção Dele
estão pregando uma heresia humanista. Paulo ensina que, se não passamos pela
correção, então não somos filhos legítimos de Deus (Hebreus 12.5-8).
"Meu filho, não despreze a disciplina do
Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama,
assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem" (Provérbios 3.11-12).
O tolo tem uma fé distorcida. O ateu diz: Não
creio em nada! Grande inverdade. Um homem que diz não crer em nada ainda assim
crê em alguma coisa, pois é preciso ter fé para ser ateu. Ele acredita que Deus
não é nada, ou que é fruto de imaginação dos frágeis; crê que oração é uma perda de
tempo, que o céu é um mito, que a morte é uma existência inconsciente eterna e
que esperar por um amanhã melhor é fraqueza. O agnóstico por sua vez foi
seduzido pelo deus deste mundo para crer em coisas erradas e distorcidas.
O tolo nega a criação. A Bíblia inicia-se com a solene
declaração: “No princípio criou Deus” (Gênesis 1.1). Sem Deus não há criação,
vida, redenção, livramento, cura ou esperança.
"O Deus que fez o mundo e tudo o que
nele há é o Senhor do céu e da terra,...porque ele mesmo dá a todos a vida, o
fôlego e as demais coisas....De um só fez ele todos os povos,...nele vivemos,
nos movemos e existimos"(Atos 17.24,25,26,28).
Paulo diz que podemos conhecer a Deus pelas
coisas que Ele criou (Romanos 1.20).
Olhemos para nosso universo infinito, com
uma organização harmoniosa e uma estrutura que trabalham juntas em perfeito
sincronismo. O insensato crê que este planeta magnífico em que vivemos é um
subproduto de um acidente ecológico. Somente um tolo ingênuo pode crer que, há
bilhões de anos, o sol brilhou sobre um lago e a vida surgiu timidamente na
água, e que esta forma de vida desenvolveu pulmões e pernas e começou andar
sobre a terra, e foi transmutando em uma gama infinita de outras formas de
vidas. Por fim esse ser começou a subir em árvores e ficou pendurado pela
cauda. Convenhamos, somente um tolo pode crer nisso.
O insensato nega a história. Daniel pediu a
Deus que lhe mostrasse o exército das nações que viriam sobre a face da terra;
Deus lhe deu uma visão das nações na exata ordem em que elas surgiriam, a
personalidade de seus líderes e os métodos militares de conquista (Daniel 2.7).
Como foi possível saber disso centenas de anos antes de os fatos ocorrerem, ou
os protagonistas terem vida ao menos? Uma coincidência? Dificilmente. Há um Ser
Supremo, o Deus único, Sempiterno, sentado em seu trono, e Ele eleva e derruba
reis e homens, a um abate e a outro exalta.
A história de Israel prova que Deus reina. O
povo escolhido de Deus foi espalhado sobre quatro continentes e seis
civilizações. Eles sobreviveram à perseguição das Cruzadas, à Inquisição e a
Hitler. A nação de Israel mostra que Deus continua ainda hoje a proteger o seu
povo.
O tolo ignora a ressurreição. A tumba de
Jesus está vazia. Por quê? Porque Ele está assentado à direita do Pai. Ele está
vivo, Ele é real e virá outra vez em poder e grande glória (Mateus 24.30).
Sabemos que Ele é real porque podemos senti-lo
no profundo de nossas almas. No jardim do Getsêmani, no vale da sombra da
morte, quando as tempestades da vida batem à nossa porta, quando os fardos
tornam–se insuportáveis, sabemos que Ele está conosco, nunca nos deixa sós.
Receba, convide o SENHOR Jesus a tornar-se seu
Senhor e Salvador, confesse-o com sua boca. Ele afirma: “para que todo aquele
que nele crê não pereça. Mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu
Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por Ele” (João 3.16-17).
Há um único Deus. Ele é Onipotente,
Onisciente e Onipresente, Santo, Eterno, Soberano, Imutável, é nosso Pai
de Amor, Graça e Misericórdia é o Criador dos céus e da terra e de tudo o
que neles contém. Ele é Rei dos reis e SENHOR dos senhores. Ele virá outra vez
em grande poder e glória.
Seremos tolos ou estaremos prontos para esse
encontro?
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