terça-feira, 29 de março de 2016

Grilhões partidos


Bendito seja o Senhor, que não nos entregou para sermos dilacerados pelos dentes deles.
Como um pássaro escapamos da armadilha do caçador; a armadilha foi quebrada, e nós escapamos.

                          Salmos 124.6,7

Há ocasiões em que nos vemos aprisionados pelas circunstancias da vida. Então quase sem perceber, indagamos: “Deus onde estás que não respondes, não estendes a mão, não acaba com essa situação adversa, não vem em nosso socorro”?
Olhando para trás, percebemos que não somos os únicos, Gideão também teve seu momento e perguntou: “Se o SENHOR é conosco, por que enfrentamos tudo isso”? (Juízes 6.13). Elias, desanimado lamentou-se: “Toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Reis 19.4). Até mesmo Jesus, quando tomou sobre Si, nossos pecados, dores, males e sofrimentos, cravado na cruz, sentiu a dor da ruptura da comunhão com o Pai, a solidão o abateu e Ele clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”? (Mateus 27.46). Davi também se sentiu preso, como por um laço do inimigo, e o SENHOR o resgatou: "Se o Senhor não estivesse do nosso lado quando os inimigos nos atacaram, eles já nos teriam engolido vivos, quando se enfureceram contra nós"; (Salmos 124.2,3).
Muitas vezes Deus afasta Sua presença, desvia Seu olhar, para expor a nós mesmos as nossas limitações, deixa-nos para ver como nos saímos, como reagimos diante das circunstancias. Outras vezes pede algo difícil para nos revelar a profundidade de nossa fé. Foi exatamente dessa maneira que colocou Abraão à prova ao pedir que sacrificasse seu filho Isaque. Abraão teve escolha, podia obedecer ou racionalizar, argumentar com Deus, tentar regatear... Mas ele obedeceu, amordaçou suas emoções e seguiu as convicções de sua fé. Ele sabia que a melhor maneira de romper com os grilhões é tornar-se obediente a Deus, já havia experienciado a obediência lá atrás, quando deixou seu povo.
Há momentos em que nos sentimos aprisionados por laços e grilhões que nós mesmos nos colocamos, ao cairmos em tentação, ao invés de fugir do pecado e resistir ao diabo, acabamos por flertar com o perigo e fatalmente nos contaminamos, nos pensamentos, julgamentos, em nossos apegos ao materialismo... em outras circunstancias nos deixamos envolver por outras pessoas, e os fatos nos levam a sentirmos presos; há ainda ocasiões em que Deus permite sermos enredados em laços, para o nosso próprio crescimento e aprendizado, após vivenciarmos e nos libertarmos absorvemos e enriquecemos em nossas experiências.
Mas em todas essas coisas, qual é a melhor maneira de usa-las para o enriquecimento e fortalecimento de nossa fé?
Sim, porque devemos sempre lembrar que Deus é fiel e verdadeiro, nunca abandona os seus, e que mantém os olhos fixos sobre nós em todos os momentos, Ele perscruta toda terra. Se queremos primeiro entender a Deus e seus propósitos, para depois obedecer-Lhe, então nunca iremos obedecê-Lo. Obedecer e seguir aquilo que entendemos é apenas concordar e não obedecer em si; obedecer mesmo quando não entendemos, sim é obediência por fé, e ela nos leva a entender os caminhos, propósitos e a sabedoria de Deus.
Então todas as vezes que nos sentirmos aprisionados, ou que Deus está mais distante do que gostaríamos que estivesse, e silencioso demais, principalmente nos momentos que mais precisamos ouvi-Lo:
"Esforçai-vos, e animai-vos; não temais, nem vos espanteis diante deles; porque o Senhor teu Deus é o que vai contigo; não te deixará nem te desamparará" (Deuteronômio 31.6).
Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: "Este é o caminho; siga-o" (Isaías 30.21).
"Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra" (Salmos 46.10).

"O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra" (Salmos 124.8).
"Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão" (Gálatas 5.1).

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