quinta-feira, 24 de março de 2016

Alguém tem "bolsa furada"?



Agora, assim diz o SENHOR dos Exércitos: "Vejam aonde os seus caminhos os levaram. Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada".
Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vejam aonde os seus caminhos os levaram!
"Vocês esperavam muito, mas, eis que veio pouco. E o que vocês trouxeram para casa eu dissipei com um sopro. E por que o fiz?", pergunta o SENHOR dos Exércitos. "Por causa do meu templo, que ainda está destruído, enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa. Por isso, por causa de vocês, o céu reteve o orvalho e a terra deixou de dar o seu fruto".

                                       Ageu 1.5-7,9,10


Alguém já se sentiu como se nunca tivesse dinheiro suficiente para pagar as contas e sustentar a família? Ou que o pagamento parece ir embora antes mesmo de recebê-lo?
Alguém de nós se identifica com a pessoa que o profeta Ageu descreve no texto em estudo, que recebe o salário e o coloca em uma bolsa furada (v. 6)?
Os israelitas estavam vivendo sob um "céu fechado". Por causa da desobediência, Deus os puniu com fome, escassez e seca e os entregou nas mãos dos inimigos. O Templo, construído por Salomão foi destruído, e eles viveram sob o cativeiro babilônico durante setenta longos e sofridos anos.
Durante esse tempo, Deus; amoroso e paciente, usou o profeta Ageu para revelar a razão pela qual estavam vivendo sob essas condições.
Tão logo voltaram do cativeiro, os israelitas reconstruíram o altar e ofereceram holocaustos, conforme prescrito na Lei. Passaram a observar as festas e trouxeram ofertas voluntárias a Deus.
Cerca de dois anos após o retorno do cativeiro, o alicerce do Templo foi recolocado. Entretanto, eles logo enfrentaram oposição.
Os inimigos convenceram Artaxerxes, rei da Pérsia, a lançar um decreto determinando que interrompessem a construção. Por cerca de três anos, até o segundo ano do reinado do rei Dario, a obra ficou parada, completamente estagnada.
Diante da oposição, eles ficaram temerosos e deixaram totalmente a construção do Templo. Tornaram-se indolentes e indiferentes para com a Casa de Deus e mais interessados em construir suas próprias casas, semear os seus campos e reabastecer suas despensas.
Mesmo após o rei Dario ter descoberto o rolo da proclamação de Ciro, rei da Babilônia, dando aos judeus permissão para reconstruir o Templo, e ter passado um decreto que permitia o término da construção, eles demoraram a retomar aos trabalhos, desculpando-se: "Ainda não chegou o tempo de reconstruir a casa do SENHOR" (V. 2). Colocaram as próprias necessidades antes da Casa do Deus Altíssimo. Não estavam se recusando a construir o Templo, mas adiavam a obra para uma época mais conveniente, simplesmente procrastinavam — para depois que cada um tivesse construído a própria casa e desfrutasse prosperidade.
Deus agiu por meio do ministério dos profetas Ageu e Zacarias para expor os pecados do povo, conclamando-o ao arrependimento e o encorajando a concluir a obra do Templo. O povo ouviu a voz de Deus por meio dos profetas, arrependeu-se e voltou para o Senhor.
Os israelitas concluíram a obra e prosperaram. Atentemos para isto: assim como aqueles profetas foram instrumentos para levar o povo ao arrependimento e a construção da Casa de Deus, o Senhor usará profetas nos últimos tempos para revelar nossos pecados, trazer arrependimento e restauração ao Corpo de Cristo.
O espírito de medo e insegurança age para que retenhamos o que é de Deus. Uma das primeiras coisas que muitos de nós fazemos quando Satanás ataca as nossas finanças é retermos os dízimos e as ofertas. O medo nos leva a isso, ficamos olhando apenas para as nossas necessidades financeiras, em vez de olhar para Deus, que está pronto para suprir todas as nossas necessidades.
A grande maioria de nós cristãos olhamos apenas para as circunstâncias — a montanha de dívidas atrasadas, o conserto do carro, as despesas inesperadas, o salário insuficiente, os recursos escassos — e concluímos que, se devolvemos os Seus dízimos e ofertas, não teremos o suficiente para suprir nossas próprias necessidades, isso é tudo o que o acusador precisa.
Em vez de honrar a Deus em primeiro lugar e confiar que Ele irá suprir as demais coisas, retemos o que é Dele, convictos de que não podemos nos dar ao luxo de contribuir para Sua obra  enquanto estivermos com as contas atrasadas, endividados. No entanto, ao tentar colocar em dia as nossas obrigações, regredimos cada vez mais e infelizmente permanecemos na escravidão financeira, por pura desobediência à Palavra e as ordenanças do SENHOR nosso Deus.
Pensemos nas pressões financeiras e nos problemas que estamos enfrentando. Temos honrado a Deus com o nosso dinheiro, devolvendo os dízimos e as ofertas, apesar das dificuldades? Se tivermos feito isso, estamos aptos para enfrentarmos os ataques de Satanás contra as nossas finanças, sabendo que nenhuma das promessas contidas na Aliança que Deus fez conosco falhará, certamente seremos honrados! Tão certo como Ele vive, podemos Nele confiar.
Se tivermos retido os dízimos e ofertas, porém, precisamos pedir perdão a Deus. Assim, independente da situação financeira que estejamos enfrentando, quebremos esse jugo financeiro, ENTREGANDO a Deus o dízimo de toda a nossa renda e ainda uma oferta, a maior que pudermos. Darmos a Deus o que é de Deus, é a única saída e solução; reconhecermos que “tudo” vem Dele.
"Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre"! (Romanos 11.36).
Coloquemos em ação a nossa fé, sabendo que Deus irá suprir TODAS as nossas necessidades, abrindo as janelas do céu e derramando sobre nós as Suas bênçãos.
Antes que a Igreja passe a viver o tempo de restauração, no qual Deus abrirá as janelas do céu e derramará uma benção financeira suficiente para a evangelização do tempo final, devemos tomar uma atitude de arrependimento, maturidade e conscientização.
"Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa? Nada, responderam eles" (Lucas 22.35).
"Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante?

Não busquem ansiosamente o que hão de comer ou beber; não se preocupem com isso. Pois o mundo pagão é que corre atrás dessas coisas; mas o Pai sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas lhes serão acrescentadas. Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino" (Lucas 12.25,26,29-32).

Nenhum comentário:

Postar um comentário