A refinaria de óleo faz pelo petróleo o que
nosso coração deveria fazer por nós. Ela descarta o que é ruim, e aproveita o
que é bom.
Pensamos no coração como a sede das
emoções; falamos de “palpitações”, “angústias”, “corações partidos”...
Mas quando Jesus declarou “Bem aventurado
os limpos de coração” (Mateus 5.8), falava de um contexto diferente. Para seus
ouvintes, o coração era a totalidade da pessoa interior – a torre de controle,
a cabine de comando. O coração era tido como a sede do caráter – a origem dos
desejos, das afeições, percepções, pensamentos, raciocínio, imaginação,
consciência, intenções, propósito, vontade e fé.
Salomão sabiamente nos admoesta: “Sobre
tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as
saídas da vida” (Provérbios 4.23).
Para a mente hebréia, o coração é como o
trevo de uma auto-estrada, para onde convergem todas as emoções, preconceitos,
idéias pré-concebidas, sabedorias. É como uma grande casa que recebe veículos
de frete, lotados de mau-humor, amarguras, tristezas, ressentimentos, emoções e
convicções mortas, e os põe na trilha, no rumo certo.
E tal como o óleo de baixa categoria,
saturado ou o combustível misturado, não genuíno, leva-nos a questionar o desempenho
de uma usina, uma refinaria, os maus atos e pensamentos impuros levam-nos a
questionar a condição de nosso coração...
O coração é o centro, espinha dorsal da
vida espiritual. Se o fruto de uma árvore é ruim, não tentamos tratar o fruto;
tratamos as raízes. E se nossas ações são más, não basta mudarmos os hábitos é
necessário irmos mais fundo. É preciso irmos ao coração do problema, que é o
problema do coração...A declaração de Jesus é o remédio eficaz: “Bem-aventurados
os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.
Observemos a ordem desta afirmativa –
primeiro, purifiquemos o coração, e então veremos a Deus. Só Ele pode curar todas
as dores e nos proporcionar a paz que excede o entendimento humano.
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